Irã anuncia a prisão de 30 espiões dos EUA
O ministério iraniano da Inteligência anunciou neste sábado (21) a prisão de 30 pessoas e o desmantelamento de uma rede acusada de espionar para os Estados Unidos. "Devido ao enorme trabalho de inteligência e contrainteligência realizado por agentes iranianos, uma complexa rede de espionagem e sabotagem ligada à organização de espionagem americana foi descoberta e desmantelada", afirmou um comunicado do ministério lido na rede de televisão estatal.
Publicado 21/05/2011 14:50
Segundo o informe, "agentes de elite do ministério da Inteligência em seu confronto com elementos da CIA foram capazes de prender 30 espiões ligados aos Estados Unidos através de numerosas operações de inteligência e contrainteligência". O comunicado afirma que a "rede" operava em "um número de nações" sob o comando de "funcionários proeminentes da inteligência" da Agência Central de Inteligência americana.
"Sob o disfarce da emissão de vistos de estudo, de trabalho ou de residência permanente, eles tentavam enganar os cidadãos para espionar para eles", afirma o comunicado. Os agentes buscavam informações de "universidades e centros de pesquisa científica e nos campos de energia nuclear, aeroespacial, de defesa, biotecnologia… dados detalhados sobre gasodutos e oleodutos, redes de telecomunicações, aeroportos e alfândegas, e segurança do sistema bancário do país", acrescentou.
O comunicado afirma que os agentes da CIA que geriam a rede operavam a partir de "embaixadas e consulados dos Estados Unidos em uma série de nações como Emirados Árabes Unidos, Turquia e Malásia". Durante a operação, "não foi neutralizada apenas a 'ofensiva pesada' da Agência Central de Inteligência, mas 42 agentes da CIA em países diferentes também foram identificados pela nossa inteligência", acrescentou o comunicado.
O Irã já desmantelou redes de espionagem que trabalhavam para os Estados Unidos ou Israel. Em janeiro, o ministério da Inteligência anunciou ter prendido "espiões e terroristas" ligados à agência de inteligência israelense Mossad, acusada de estar por trás do assassinato, no ano passado, do cientista nuclear iraniano Masoud Ali Mohammadi. O Irã também acusou os Estados Unidos e Israel de realizar ciberataques contra sua infraestrutura, incluindo instalações nucleares.
Da Redação, com agências