Mandato de Angela participa da Plenária Estadual da UBM/SC.

A participação das mulheres nos espaços de poder e reforma política foram os temas abordados por Alcenira Vanderlinde, integrante do gabinete Angela Albino (PCdoB), na Plenária Estadual da União de Brasileira de Mulheres/SC, que aconteceu nos dias 21 e 22 em Lages, no Planalto.

Mandato de Angela participa da Plenária Estadual da UBM/SC.

Na sua intervenção, Alcenira, que é uma das coordenadoras executivas da UBM/SC, exibiu levantamento que mostra os números da representatividade feminina no sistema político brasileiro em comparação com outros países da América Latina e do mundo. Entre outros dados demonstrou que, no Brasil, a participação das mulheres atinge apenas entre 11% e 12% das cadeiras das Assembléias e das Câmaras municipais.

“As regras atuais do jogo fazem com que os trabalhadores e trabalhadoras, as mulheres, os negros, os índios, os jovens, os homossexuais e outras minorias sejam sempre subrepresentadas”, afirma Alcenira.

“Não podemos considerar democrático um sistema que permite que poucos segmentos sociais minoritários concentram enormes poderes, excluindo amplos setores majoritários da sociedade”, enfatiza, destacando que recente pesquisa do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, levantou que os ruralistas, que formam apenas um grupo de cerca de 40.000 brasileiros , possuem 100 representantes do Congresso Nacional (CN). Já os índios – 400.000 brasileiros – não contam com nenhum representante do CN. Destaca ainda, que a pesquisa mostra que apesar das mulheres somarem 51% da população, ocupam apenas cerca de 10% das vagas no Parlamento Federal.

Mas o destaque das discussões foram as propostas de reforma política que tramitam no Congresso, tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados, especialmente critérios que possibilitem uma reforma política que verdadeiramente aprofunde a democracia e intensifique os mecanismos de representação e participação da população.

“É preciso acabar com o financiamento privado de campanhas que só beneficia o poder econômico, com o voto nominal nas eleições proporcionais que favorece o individualismo, o personalismo, a despolitização, o rebaixamento programático e o enfraquecimento dos partidos” acrescenta a assessora.

A proposta defendida pela União Brasileira de Mulheres é o financiamento público exclusivo de campanhas, a eleição proporcional em listas fechadas preordenadas com alternância de homens e mulheres.