Sem categoria

Movimento dos Não Alinhados exige fim de bloqueio a Cuba

O Movimento de Países Não Alinhados (MNOAL) reiterou nesta sexta-feira (27) em Bali, na Indonésia, seu chamado ao governo dos Estados Unidos para que coloque um fim ao bloqueio econômico, comercial e financeiro contra Cuba, que já perdura por meio século.

Na Declaração Final da Conferência Ministerial, aberta na última segunda-feira, o movimento qualificou a medida de Washington de unilateral e contrária à Carta das Nações Unidas, ao direito internacional e ao princípio da vizinhança, e o considerou causador de grandes perdas materiais e danos econômicos ao povo do país caribenho.

O MNOAL conclamou os governantes norte-americanos ao estrito cumprimento das 19 resoluções da Assembleia Geral da ONU que ano após ano evidenciam a rejeição mundial a essa política hostil.

Os países não alinhados expressaram também preocupação pelo crescente caráter extraterritorial do bloqueio contra Cuba e recusaram o reforço das medidas adotadas pelos Estados Unidos para recrudescê-lo, bem como as demais ações recentes aplicadas por Washington contra a população da ilha.

Também exortaram o governo do país do norte a devolver à soberania cubana o território que ocupa atualmente a Base Naval de Guantânamo e a pôr fim às transmissões agressivas de rádio e televisão orientadas contra o país vizinho.

A declaração de Bali reitera também que essas medidas constituem uma violação da soberania de Cuba e uma grave violação dos direitos humanos de seu povo.

Em seu discurso ante a Assembleia Geral da ONU em outubro do ano passado, o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, afirmou que o dano econômico direto ocasionado a seu povo pela aplicação do bloqueio durante meio século supera os US$ 751 bilhões, no valor atual dessa moeda.

O ministro assinalou como, durante o ano de 2010, o cerco econômico foi intensificado e seu impacto cotidiano continuou sendo visível em todos os aspectos da vida em Cuba.

"Tem consequências particularmente sérias em esferas tão sensíveis para a população como a saúde e a alimentação", enfatizou.

Entre outros exemplos, assinalou que os serviços oftalmológicos cubanos não podem empregar a Terapia Térmica Transpupilar no tratamento a crianças que padecem de câncer na retina, porque é impossível adquirir os equipamentos para essa terapia, que só podem ser comprados da companhia norte-americana Íris Medical Instruments.

Fonte: Prensa Latina