Sem categoria

CPTM não cede, e greve dos ferroviários continua em SP

A reunião entre o secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, e os quatro sindicatos dos ferroviários terminou sem definição sobre o fim da greve da CPTM.

Os trens da companhia transportam 2,4 milhões de pessoas todos os dias. Uma nova reunião entre as duas partes deve acontecer ainda nesta quinta-feira (2) no TRT (Tribunal Regional do Trabalho).

O presidente do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, Eluiz Alves de Matos, disse que as negociações ainda dependem da reunião que deverá ocorrer hoje. Após isso, uma nova assembleia com os trabalhadores deve acontecer às 18 horas, onde será discutido o possível retorno às atividades.

Segundo o secretário, não foram feitas novas propostas de reajuste no encontro de hoje, mas foram discutidas outras reivindicações relativas a auxilio creche, licença maternidade e vale-refeição. "[A reunião] começou tensa, mas alguns pontos ficaram mais claros", afirmou ele.

O secretário chegou a pedir aos sindicatos que antecipassem a assembleia para que houvesse a possibilidade de retorno das atividades, ao menos parcialmente, ainda entre o fim da tarde e a noite de hoje, mas os sindicatos afirmaram que só vão decidir pela possível antecipação após a reunião no TRT.

Depois de funcionar parcialmente nesta quarta-feira (1), o serviço de trem metropolitano da cidade de São Paulo e de 22 municípios foi totalmente paralisado na manhã de hoje (2). Em assembleias realizadas na noite de ontem, os trabalhadores da categoria decidiram paralisar todas as linhas de trens, que atendem a cerca de 2,4 milhões de passageiros por dia.

Os ferroviários pedem um aumento real de 5%, além de vale-refeição de R$ 19 por dia e implantação de um novo plano de carreira. A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) ofereceu reajuste de 3,27%, sendo 1,75% de correção pelo IPC/Fipe e 1,5% de aumento real, e vale-refeição de R$ 17 por dia.

Por causa da greve, a CPTM orienta os usuários a sair de casa mais tarde e procurar não fazer deslocamentos nos horários de pico. Além disso, a companhia acionou o Plano de Apoio à Empresa em Situação de Emergência (Paese), ampliando o número de ônibus em operações.

Da Redação, com agências