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Estudantes e professores retomam mobilizações no Chile

A Confederação de Estudantes do Chile e o Colégio de Professores protagonizam, nesta quinta (16), uma greve nacional para exigir uma mudança estrutural profunda no sistema de ensino, marcado pelo lucro e a exclusão.

Outra vez, a Alameda de Santiago vai se tornar o epicentro do protesto, com uma passeata que terá início na Praça Itália e seguirá até a Praça dos Heróis, onde haverá um ato político. "Sairão às ruas os professores do Chile, estudantes do ensino médio e universitário, funcionários e trabalhadores da educação e sindicatos", disse o presidente do Colégio de Professores, Jaime Gajardo.

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Sobre o caráter nacional da manifestação, disse que haverá protestos em todas as praças cívicas do país e que isto tinha sido confirmado por manifestantes em Talca, Concepción, Valparaíso, Copiapó, Valdivia e Puerto Montt, entre outras cidades.

Gajardo salientou que o foco das manifestações no Chile é a necessidade de restaurar a educação pública e, sobre isso, existe um consenso. "Nós não podemos continuar segmentando ainda mais nosso sistema educacional, não podemos continuar com esta educação de elite. A educação deve ser um instrumento que dê igualdade de oportunidades e não reproduza a desigualdade", disse ele.

Por sua vez, Camila Vallejo, presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile, reforçou a transversalidade do movimento que surgiu há dois meses no país e que exige que o Estado garanta a educação. "A educação deve ser um direito e, no Chile, não é", sublinhou a líder da universidade.

De acordo com analistas locais, a orientação de mercado que tem guiado a educação chilena desde a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) até hoje destruiu o sistema de ensino de tal forma que mesmo as instituições supostamente públicas operam sob as regras da mercantilização. Para o jornal chileno El Siglo, "o que está acontecendo estes dias pode ser decisivo para o destino de milhões de chilenos".

Fonte: Prensa Latina