Publicado 17/06/2011 10:59 | Editado 04/03/2020 17:07
Os professores presentes decidiram pela colocação de urnas no auditório da Escola de Enfermagem, Departamento de Odontologia, Departamento de Nutrição, FACISA (Santa Cruz), e CERES de Caicó e Currais Novos, para os docentes da UFRN votarem pela revogação do Regimento Interno da ADURN e ratificação da criação do Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Natal, Caicó, Currais Novos, Macaíba, Santa Cruz, Macau e Nova Cruz, o ADURN-Sindicato, e do seu respectivo estatuto, aprovado na Assembleia do dia 8 de julho de 2010.
Em votação, que seguiu até ás 21h desta quinta (16), a expressiva maioria dos sindicalizados disse sim ao ADURN-Sindicato (96,8%). “Venceu a democracia. Venceu o argumento político que fez tornar a nossa entidade respeitada pela categoria. Venceu a defesa da nossa liberdade pra que trilhemos o caminho da federação”, enfatiza o presidente da ADURN, João Bosco Araújo.

Professores lotam o Auditório da Escola de Enfermagem
“A ADURN realizou o seu ato final de independência que, iniciado em 2004, finalmente chega ao seu ápice com a fundação do Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Natal, Caicó, Currais Novos, Macaíba, Santa Cruz, Nova Cruz e Macau, o ADURN-Sindicato”, ressalta o diretor de Política Sindical da ADURN, Wellington Duarte.
A transformação da ADURN em Sindicato e a formação de um Novo Movimento Docente, plural, democrático e representativo, é uma reação legítima dos professores ao aparelhamento por partidos e correntes que o Andes-SN sofreu ao longo dos anos e que a afastou, definitivamente, dos anseios dos professores das IFES. Isto levou os professores a buscarem novas alternativas de organização na busca de canais de negociação efetiva de seus interesses, os quais têm obtido pleno sucesso, com os acordos salariais de 2008 a 2010, com a recuperação da isonomia entre ativos e aposentados, com a equiparação das carreiras de ensino superior, básico, técnico e tecnológico, entre outras conquistas históricas.
“Enfim a ADURN assume sua feição de sindicato, quase trinta e dois anos depois da sua fundação”, afirma o secretário-geral da ADURN, Francisco Luiz Mascena.
Para a vice-presidente da ADURN, Sandra Monteiro, os “associados e professores da UFRN escreveram uma nova página na história da entidade, onde a efetiva e real participação nas instâncias internas começa a dotar a nossa entidade de uma presença jamais vista perante os professores. O ADURN-Sindicato será dos professores da UFRN e se aproximará cada vez mais do seu associado, beneficiando-o em uma nova cultura de prestação de serviços.
A decisão é emblemática, pois assegura aos associados o direito soberano de manifestar-se sobre os rumos a serem seguidos por sua entidade. Mais do que isso, coroa uma luta em prol da soberania e da independência dos sindicatos dos professores das Instituições Federais de Ensino Superior.
A mudança consolida uma nova fase do Movimento Docente brasileiro em que a diversidade e as especificidades do professor universitário deve se refletir na sua organização sindical. “Caminha-se para firmar a idéia de que a forma de organização que melhor se adéqua à nossa categoria é a Federação”, afirma Wellington Duarte.
Para Wellington Duarte, os desafios postos ao Movimento Docente exigem uma organização em que a representação respeite as diversidades postas no nosso cotidiano, propicie uma ampliação do espaço de discussão para problemas que se apresentam no dia-a-dia do professor, e que não é o mesmo em todas as universidades públicas federais.
”A Diretoria da ADURN acredita firmemente que o rumo do Movimento Docente passa pela federação dos sindicatos de professores das instituições federais do ensino superior e pelo contínuo – e necessário – aprimoramento das formas de consulta, buscando agregar todos os mecanismos que possam ampliar a participação docente”, ressalta João Bosco Araújo.
De Natal,
Jana Sá