UFC: Comando de greve reune mais de 150 servidores

Nos períodos da manhã e da tarde, o Comando de Greve reuniu servidores da Universidade Federal do Ceará (UFC) no pátio da Reitoria. Na manhã desta terá-feira (21/06), os servidores farão um trabalho de mobilização no Benfica.

Foi realizada na última segunda-feira (20/06), no pátio da Reitoria, mais uma reunião do Comando Local de Greve dos servidores técnico-administrativos da UFC. Estiveram presentes 175 trabalhadores, que estão em greve desde o último dia 16 de junho. A categoria está mobilizada e unida para fortalecer a luta nacional por reajuste salarial, reposiocionamento dos aposentados, contra a terceirização e em prol de concursos públicos, dentre outras reivindicações. A mesa foi composta pelos servidores Keila Camelo; Joselito Alves, Pedro Santiago e Gerson de Morais.

Nos campus da UFC no Cariri (Juazeiro, Crato e Barbalha), a greve foi deflagrada nesta segunda-feira e já tem a adesão de 100% dos funcionários. "Os direitos trabalhistas foram conquistados a custo de sangue, suor e lágrimas. A gente não pode deixar essa luta morrer. Greve é momento de muito trabalho. O momento, agora, é de intesificarmos a divulgação dentro da universidade para que todos entendam a importância dessa luta. Vamos agarrar esse momento para definirmos a política salarial dos próximos três anos e evitar novas paralisações. Quero marcar essa minha passagem na universidade lutando pela educação", disse Bruno Alves, servidor da UFC em Quixadá.

Durante a reunião foram compostas as comissões de greve da Infraestrutura; Comunicação; e Política; além do grupo que irá a Brasília para acompanhar as decisões nacionais relacionadas ao movimento e as negociações com o governo. Os três escolhidos deverão enviar relatórios diários ao Comando Local de Greve, que servirão para subsidiar as discussões no Ceará; além de comunicar sobre votações polêmicas, que deverão ser deliberadas localmente.

Na oportunidade, o servidor do campus Benfica, Gerson Morais, destacou que "quando se está em greve, não há trabalho", para despertar aqueles que aderiram à greve a paralisarem de imediatos as suas atividades dentro da universidade e juntar-se à categoria mobilizada. "Greve é um processo de exaustão. Os chefes ESTÃO chefes. Eles não podem fazer pressão para inibir a adesão dos servidores à greve – até porque eles também serão beneficiados com as nossas conquistas. É importante que todos se engajem nesse trabalho", reforçou Gerson. Já o servidor do Campus Benfica, Carlos Alves, durante sua fala, mencionou a ausência de parlamentares à reunião. "Os deputados e senadores cearenses foram convidados para estarem aqui e não compareceram. Isso mostra o nível de compromisso deles com a educação e com a saúde", destacou Carlos.

Durante a tarde, o Comando de Greve se reuniu novamente. Nesta terça-feira, a partir das 8 horas, os servidores farão um trabalho de divulgação e mobilização dos técnico-administrativos do campus da UFC no Benfica, ação que se repetirá na próxima quarta-feira (22).

Fonte: SINTUFCe