Sem categoria

Exportação bate recorde histórico; meta de 2011 deve ser ampliada

As exportações brasileiras cresceram 31,6% no primeiro semestre (sobre igual período do ano passado), em especial por causa do resultado mais robusto dos dois últimos meses. O bom desempenho pode determinar mais uma correção, para cima, das expectativas de vendas externas em 2011, atualmente estimadas em US$ 231 bilhões.

Foi o que apontou, nesta sexta-feira, o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, ao analisar os números da balança comercial no mês de junho e no acumulado do primeiro semestre, quando as exportações superaram o aumento de 28,5% das importações. Teixeira não mencionou, porém, quando a correção deve acontecer.

No mês de junho, a performance do comércio externo foi ainda melhor. As vendas externas, no valor de US$ 23,692 bilhões, foram as mais altas da história, com aumento de 38,6% em relação a junho de 2010 e de 2,08% sobre o resultado de maio. Já as importações, no total de US$ 19,262 bilhões, cresceram 29,9% sobre junho do ano passado e caíram 2,14% em relação a maio, que teve um dia útil a mais que junho (22 e 21, respectivamente).

Em decorrência do bom desempenho, o saldo da balança comercial foi US$ 4,43 bilhões em junho, o melhor superávit mensal do ano. Aumentou 95,4% na comparação com junho de 2010 e 31,6% em relação a maio, que contabilizara o melhor saldo mensal de 2011 até então, no valor de US$ 3,527 bilhões.

No ano, o saldo comercial soma US$ 12,985 bilhões, ou 64,7% a mais que os US$ 7,886 bilhões obtidos em igual período do ano passado. De acordo com a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Lacerda Prazeres, “o bom momento” do Brasil no comércio internacional é resultado do crescimento recorde de vendas nas três categorias de produtos.

Os embarques de produtos básicos (minério de ferro, café em grão, petróleo em bruto, soja em grão e carnes, dentre outros) cresceram 44% no semestre; os semimanufaturados de ouro e ferro, soja, açúcar, couros e peles, principalmente, aumentaram 29,7%; enquanto as exportações de industrializados (óleos combustíveis, polímeros plásticos, veículos e outros) cresceram 19,1%.

Segundo Tatiana, nos 124 dias úteis de janeiro a junho houve aumento das exportações brasileiras para todos os principais blocos econômicos. O destaque foi para os US$ 33,909 bilhões vendidos para a Ásia, contra US$ 24,386 bilhões no primeiro semestre de 2010 — crescimento de 37,9%.

A China responde por US$ 20 bilhões das compras asiáticas dos produtos brasileiros, com ampliação de 47,6% em relação a igual período ano passado. Os chineses compraram 16,9% de todas as exportações brasileiras, contra 15,1% no mesmo período de 2010.

A América Latina e o Caribe compraram 24% a mais de produtos brasileiros no semestre, no total de US$ 26,661 bilhões; e os países da União Europeia importaram 31,4% a mais, no valor de 25,546 bilhões, além de ampliações em menor volume para a África (37,3%), Europa Oriental (39,2%) e Oriente Médio (23,7%).

Por países, os maiores compradores, depois da China, foram os Estados Unidos (US$ 11,753 bilhões, ou 29,4% a mais na comparação semestral) e a Argentina (US$ 10,439 bilhões, ou 32,6% mais).

Da Redação, com informações da Agência Brasil