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PDT descarta aliança com PT e pode apoiar Netinho em São Paulo

Partido que detém a maior fatia dos sindicalistas filiados à Força Sindical, o PDT deve rumar caminho diverso dos petistas na eleição à prefeitura de São Paulo, em 2012. De acordo com o presidente da central e deputado federal Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força, "não há expectativa nem intenção" de seu partido se aliar ao PT na disputa pela capital paulista.

A disputa à sucessão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) promete ser uma das mais equilibradas dos últimos anos — o que tende a quebrar a polarização entre PT e PSDB na cidade. Nomes como os do ex-prefeitos José Serra (PSDB) e Marta Suplicy (PT) não são consensos nem mesmo em seus partidos.

Com isso, segundo Paulinho, é possível, que o PDT integre uma chapa encabeçada pelo vereador Netinho de Paulo, pré-candidato do PCdoB à Prefeitura. “Hoje, são duas possibilidades: fazer parte da aliança que o prefeito Kassab está construindo, ou formar chapa com o PCdoB. Pode ser com o Netinho de Paula como candidato ou eu, que apareci bem na pesquisa.”

Paulinho se refere à pesquisa encomendada pela Força Sindical ao instituto Vox Populi, na qual constou seu nome. "Na simulação que não tem Serra ou Marta Suplicy na disputa, eu apareço na primeira colocação na zona leste. E tenho uma rejeição menor que a do Netinho", diz.

Apesar disso, Paulinho acredita que o ex-governador tucano concorrerá ao cargo: "O candidato do PSDB será o Serra. No PT, será o Fernando Haddad [ministro da Educação], que o [ex-presidente] Lula vai acabar impondo".

Paulinho tem usado o recesso parlamentar para a articulação política. Intermediou um encontro entre Kassab e dirigentes do Movimento dos Sem-Terra (MST) no início da semana. Nesta quinta-feira (28), esteve com o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu (PT), a quem convidou para dar uma palestra na sede da Força Sindical.

PT e PDT estiveram juntos nas eleições municipais de 2008, na capital, em chapa encabeçada por Marta Suplicy, e em 2010, quando o PDT indicou o vice, Coca Ferraz, na chapa de Aloizio Mercadante na disputa pelo governo estadual. Além disso, o PDT comanda a cidade de Campinas, com Dr. Hélio, cujo vice, Demétrio Vilagra, é petista. Vilagra é um dos acusados de comandar um suposto esquema de fraudes em licitações na cidade.

Apesar de as relações com a presidente Dilma Rousseff (PT) estarem longe do trânsito privilegiado que o PDT outrora tivera com o antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, a propaganda partidária da legenda — que foi ao ar nesta quinta-feira — distribuiu elogios a Dilma. Ela foi citada como ex-pedetista e cumpridora dos compromissos assumidos durante a campanha presidencial.

Da Redação, com informações do Valor Econômico