Professores da rede pública estadual decidem entrar em greve

Os professores estaduais do Ceará (capital e interior) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado após assembleia geral extraordinária realizada no Ginásio Paulo Sarasate na tarde desta segunda-feira (1º). A categoria estava em estado de greve desde o último dia 30 de junho.

Na tarde da última sexta-feira (29/07), representantes dos professores se reuniram com o secretário estadual da Fazenda, Mauro Filho (PSB), com a secretária da Educação, Izolda Cela (PT), e com representantes da Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag) para tentar uma nova negociação com o Governo, depois de a categoria ter rejeitado a proposta apresentada pelo governador Cid Gomes (PSB) na noite da última quinta-feira (28/07).

“A proposta mantém uma diferença de 90 reais do graduado para o especialista e ainda promove uma mudança radical na tabela de vencimento para pior” declarou Reginal Pinheiro, vice-presidente do Sindicato Apeoc.

O aumento proposto pelo governo é de em 45%, somente para os professores em início de carreira com nível superior. Já para os professores temporários, o aumento seria de 60%. Em relação aos especialistas, a assessoria do governo não anunciou o reajuste. Ainda segundo o vice-presidente da Apeoc, “não vai haver ganho algum para mais de 80% do quadro efetivo do Estado”.

Além disso, a categoria critica que o Governo tenha apresentado o piso salarial dos professores no valor estabelecido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), que é de R$ 1.187. Os professores defendem que o valor seja de R$ 1.587, conforme prevê a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

Com o anúncio da greve, as atividades devem parar em um prazo inicial de 72 horas, mas os professores irão até as escolas para esclarecer aos pais e alunos a situação vigente.

De Fortaleza,
Carolina Campos (com informação dos jornais locais)