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União Europeia teria adotado sanções "silenciosas" contra a Síria

De acordo com agências de notícias do todo o mundo, a UE aprovou um novo pacote de sanções – o terceiro – mais duras contra a liderança síria.

O pretexto para tal decisão da União Europeia foi a suposta brutalidade na contenção das manifestações da oposição na cidade de Hama, na qual teriam sido utilizados carros blindados do exército.

Entrevistado pela rádio Voz da Rússia, o diretor-adjunto do Instituto de Análise Política e Militar do país, Alexander Khramchikhin, considera que essas sanções não têm sentido. "Não mudaríam seriamente nada. É muito difícil entender o que está acontecendo na Síria".

"Quem são os rebeldes e o que exatamente eles querem – as reformas democráticas ou um estado islâmico? Acho que estão presentes nessas manifestações defensores tanto desses como de outros interesses", considera.

"E durante a guerra do Iraque, a maioria dos que lutaram contra os americanos foram os sauditas, enquanto no segundo lugar foram os sírios. Acho que aqueles que sobreviveram lá, voltaram agora para casa e agora estão envolvidos no processo", acredita o especialista.

O diretor do instituto russo também revela um pormenor interessante. "Conforme relatado recentemente pelo jornal alemão Rheinische Post, a inteligência britânica prendeu na fronteira dois representantes do movimento islâmico radical Salafi, cidadãos com passaporte alemão", conta.

"Eles pretendiam cometer um ataque terrorista na cidade de Dover", completa.

Segundo alguns especialistas, os salafistas são uns dos principais iniciadores de protestos atuais contra o governo da Síria. Há evidências também de que a oposição síria foi apoiada pelo sucessor de Osama bin Laden no cargo de líder da Al-Qaida, Ayman al-Zawahiri. "Só podemos adivinhar que erros podem sem repetidos por descuido neste caso", finaliza Khramchikhin.

Com agências