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Administração de Barack Obama estuda novas sanções contra a Síria

O governo dos Estados Unidos estuda a aprovação nesta sexta-feira (5) de mais sanções contra Síria, depois de as Nações Unidas terem feito uma censura pública ao governo de Damasco, acusando-o empregar a violência contra a população civil.

"Nós estamos discutindo medidas que propõem isolar o presidente Bashar Assad e denunciar no âmbito global sua política de confronto aos protestos", ameaçou a secretária de Estado dos Estados Unidos Hillary Clinton em um comunicado.

O Conselho de Segurança da ONU emitiu uma declaração para condenar o que classificou como uma estendida violação dos direitos humanos e o uso da força policial contra civis por parte de autoridades sírias, visto pelo organismo como "excessivo".

Os 15 membros do Conselho expressaram sua "grande preocupação pelo deterioração da situação na Síria", mas abstiveram-se de mencionar ações concretas a tomar pela comunidade internacional.

A embaixadora estadunidense na ONU, Susan Rice, explicou que a ação do Conselho ocorre sob a forma de uma "declaração presidencial", com menor graduação política que uma resolução, porque não acarreta nenhum compromisso do organismo.

Em 2 de agosto a Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, advertiu o governo da Síria de que o "mundo inteiro" é "testemunha da violência" com a qual tem respondido às "manifestações" de seu povo, exigindo que fosse detido o procedimento.

Pillay expressou "alarme" por informes difundidos de Damasco onde se fala do uso de tanques, bombas e metralhadoras contra cidadãos.

"O mundo observa e a comunidade internacional está preocupada. Me solidarizo com os manifestantes pacíficos", apontou.

O governo da Síria tem apontado seguidamente a participação de mercenários e terroristas nas manifestações. Esta semana a televisão do país divulgou imagens de terroristas atirando ao rio Orontes os corpos de policiais assassinados por eles, em Homa.

Telegramas recentemente divulgados pelo site WikiLeaks comprovam a participação da CIA, a agência de espionagem americana, na organização e fomento de vários grupos oposicionistas sírios, os quais estão implicados com ações de terror nas manifestações, iniciadas em março passado.

Da redação, com informações da Prensa Latina