Trabalhadores terminam greve na metalúrgica Freeart Seral
A resistência dos trabalhadores da metalúrgica Freeart Seral de Jaguariúna foi fundamental para garantir avanços nas negociações entre o SindMetal Jaguariúna e Região e a empresa. Depois de 05 dias de impasse, em que os trabalhadores se mobilizaram junto com o Sindicato em torno de suas reivindicações, a greve chegou ao fim, com a aprovação pelos grevistas da proposta intermediada pelo Ministério Público do Trabalho de Campinas.
Publicado 05/08/2011 09:56 | Editado 04/03/2020 17:17
Para a diretoria do SindMetal, que esteve todos os dias na porta da empresa com os trabalhadores, conduzindo as negociações, o resultado da greve é um reconhecimento da garra e espírito de luta dos funcionários. “Ainda que nem todos tenham aderido a greve por temer a pressão da direção da empresa, os que ficaram não se intimidaram e mantiveram uma luta de 5 dias na porta da fábrica, de sol a sol, convictos de que somente desta forma seria possível conquistar mais do que a empresa estava disposta a conceder”, frisou o diretor do SindMetal, Valdir Pereira Silva.
“A mobilização mostrou mais uma vez que é o caminho mais eficiente para garantir conquistas e ampliar benefícios, e foi ela, a união dos trabalhadores, a responsável pelos avanços significativos obtidos para todos os funcionários da empresa”, ressaltou o também dirigente sindical Laercio Teodoro.
A proposta aprovada por unanimidade pelos grevistas contempla os seguintes pontos:
• Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de R$ 750,00. O valor será pago em duas parcelas: a primeira em setembro e a segunda em novembro;
• Garantia de 60 dias de estabilidade no emprego;
• Convênio médico com duas opções à escolha do trabalhador (Unimed com desconto de R$ 60,00 e Intermédica com desconto de R$ 30,00);
• Cesta básica a partir de fevereiro de 2012;
• Pagamento dos dias parados por ocasião da greve
Inicialmente a empresa aceitava pagar apenas R$ 600,00 de PLR, sendo que as demais reivindicações foram inseridas na negociação graças à pressão dos trabalhadores em conjunto com o Sindicato.
Os trabalhadores agradeceram a atuação do Sindicato e todo o apoio que tiveram nos dias parados, ressaltando que esta foi apenas a primeira batalha na busca por melhores condições de trabalho dentro da empresa.
O presidente do SindMetal, José Francisco Salvino, o Buiú, reiterou que um sindicato forte só se faz com a participação ativa do trabalhador. “Nosso sindicato é de luta. Todos nós somos trabalhadores como vocês e sabemos das dificuldades enfrentadas no dia a dia no chão da fábrica. Nosso único compromisso é com o trabalhador, em ser um instrumento de luta cada vez mais forte para garantir suas conquistas”, afirmou.
De Jaguariúna,
Bruno Felisbino