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Água fria na reunião de cúpula Sarkozy-Merkel

O compasso de espera dos mercados financeiros foi um balde de água fria antes da reunião de cúpula entre a frança e a Alemanha, em razão da discrepância sobre os eurobonus e o baixo PIB da Alemanha.

Depois de vários dias de intranqüilidade na bolsa e diante dói feriado de ontem, algumas notícias com foco na Alemanha mudaram as coisas no sentido negativo. Primeiro, foi a divulgação do baixíssimo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) alemão, de 0,1 por cento.

O incremento da economia alemã foi inferior ao previsto, para acentuar as dúvidas do diálogo que manterão no final da terde desta terça-feira (16) o presidente da França, Nicolás Sarkozy, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

Por seu turno, a França registrou a amarga notícia de crescimento zero no segundo trimestre de 2011. E para piorar as coisas, Paris era favorável à fórmula dos bonus para capitalizar as dívidas do continente, mas a Alemanha se opôs.

Diante de um horizonte eleitoral duvidoso, Steffen Seibert, porta-voz de Merkel sublinhou que a Alemanha não é favorável a abordar a iniciativa dos eurobonus como medida para afrontar a crise fiscal e financeira de vários dos países membros.

Paris respondeu a seu estilo e realçou que o encontro de hoje no Palácio dos Campos Elíseos entre Sarkozy e Merkel foi programado durante o encerramento da cúpula da zona do euro em Bruxelas em 21 de julho passado.

Por outro lado, o chefe de Estado da França mudou de última hora sua agenda e decidiu manter um almoço de trabalho com seu primeiro-ministro, François Fillon, para conhecer as propostas voltadas ao objetivo de reduzir a dívida pública.

Originalmente o encontro deveria ser amanhã, mas o mandatário prefere chegar à mesa de negociações com a chanceler com algumas cartas que permitam acordos esperançosos para o bloco comunitário.

Na semana anterior o multimilionário e investidor estadunidense de origem húngara, George Soros, criticou a Alemanha por seu "titubeio", que segundo seu ponto de vista agravou a crise da Grécia e impulsionou o contágio da "crise existencial" da região.

Também assinalou os eurobonus como uma possível solução, mas sem dúvida o tema não estará nas prioridades do diálogo. Sarkozy e Merkel se concentrarão em "propostas fortes para a modernização profunda da governança da eurozona".

Prensa Latina