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BRICS: Crescimento do Brasil só supera o da África do Sul

O ritmo de crescimento da economia brasileira é superior ao dos países ricos, mas entre as nações que formam os BRICS, grupo que inclui também China, Rússia e Índia, a situação é outra. O desempenho do Brasil só supera o da África do Sul.

Segundo dados divulgados nesta sexta (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira cresceu 3,1% no segundo trimestre deste ano, em comparação com igual período de 2010, com o PIB alcançando R$ 1,02 bilhões nos três meses em questão.

O levantamento feito pelo IBGE com base em dados do Banco Mundial aponta que em termos de crescimento do PIB, o Brasil está, assim, em quarto lugar entre os países que formam o grupo dos BRICS. É o penúltimo. Quando se compara o desempenho com o da China e Índia, o contraste se acentua.

No segundo trimestre, o PIB da China cresceu 9,5%, o da Índia 7,7% e o da Rússia, 3,4%. Já a economia sul-africana registou 1,3% de crescimento.

Em termos de PIB per capita, o Brasil ocupa a segunda posição no bloco, com 10.900 dólares por habitante, atrás apenas da Rússia, que regista 15.900 dólares por habitante.

O PIB per capita da África do Sul é de 10.700 dólares, o da China, de 7.400 dólares e o da Índia, de 3.400 dólares.

Todavia, o crescimento desigual da China (ou seja, a taxas mais elevadas) tende a mudar este quadro em alguns anos, pois o crescimento da renda per capita é um subproduto da evolução do PIB, sendo definido por este menos a taxa de crescimento da população.

Segundo o IBGE, o crescimento da economia brasileira é sustentado pelo mercado interno, tanto pelo consumo das famílias como pelos investimentos.

O setor externo continua a contribuir negativamente para o crescimento económico do Brasil, já que o volume dos bens importados cresce sistematicamente mais que o volume dos bens exportados.

A diferença nas taxas de crescimento tem a ver com a política econômica e o volume de investimentos. China e Índia têm taxas de juros bem mais baixas, a China controla o câmbio e os fluxos de capitais estrangeiros, diferentemente do Brasil que adota uma política de viés neoliberal em relação ao câmbio, aos juros, ao orçamento público (política fiscal) e aos investimentos estrangeiros.

Com informações do Diário Digital / Lusa