PCdoB de São Paulo honra os comunistas de todo o país

Walter Sorrentino, Secretário Nacional de Organização do PCdoB, analisou a conferência estadual do Partido e saudou os avanços conquistados pelos comunistas de São Paulo no último período.

Concluiu-se no fim de semana passado a Conferência do PCdoB-SP. Pujante pela qualidade da intervenção política e força partidária, ela deixa lições na trajetória dos comunistas no maior e mais poderoso Estado da Federação, para todos nós.

Este é um momento extraordinário na vida da nação, em termos de desafios e oportunidades, num mundo em acelerada transição. Momento em que a centralidade dos dilemas recai na magna questão nacional pelo desenvolvimento autônomo do país, como pólo articulador das históricas demandas democráticas e sociais.

Daí a centralidade de São Paulo, ou seja, o centro dessa contenda se decide em São Paulo. Alinhar São Paulo com o Brasil em termos de projeto é não apenas uma possibilidade, mas exigência mesmo para abrir caminho ao novo projeto nacional de desenvolvimento. Aqui se trava o combate central contra a dependência do país. Aqui, em todo o século 20, predominaram no governo forças conservadoras, hoje representadas pelos grandes interesses financeiros que visam frear a soberania e o desenvolvimento em função de interesses antinacionais e antipopulares.

O PCdoB de São Paulo demonstrou essa compreensão. Um partido de ideias, com estratégia definida, com projeto de ação política e de massas, com conformação organizativa militante definida foi a questão assumida como o grande desafio do PCdoB no Estado. Apenas dois anos após a reformulação programática, o partido colhe frutos acelerados em seu desenvolvimento, como em todo o país.

Isso andou unido à visão de que isso se persegue pela política. Em São Paulo se abre caminho para superar a polarização política forçada entre PSDB e PT; como se sabe, há vinte anos venceram os setores conservadores. Abre-se uma grande oportunidade em 2014 e ela começa a se delinear já em 2012. O PCdoB de São Paulo protagoniza isso na primeira linha da cena política. Sempre unindo forças, pelo progresso nacional e direitos do povo, a liberdade, cientes de que um projeto de nação não se faz com esquemas mesquinhos e hegemonistas. A candidatura de Netinho de Paula a prefeito da maior cidade do país, uma das maiores do mundo, tem elevado significado para todo o país.

O PCdoB-SP tem quadros da mais elevada expressão nacional, como Aldo Rebelo e Orlando Silva. Aqui está presente a liderança comunista de massa mais forte e expressiva do povo de todo o país, que é Netinho de Paula, hoje liderando pesquisas à prefeitura junto com outros nomes do primeiro escalão da política paulista. Aqui há a força e exemplo de lideranças como Jamil Murad e Leci Brandão, Pedro Bigardi – futuro prefeito de Jundiaí – e as maiores lideranças sindicais que encabeçam a CTB. A juventude e as mulheres são no PCdoB paulista um bastião de força.

A conferência erigiu um elevado processo partidário como suporte a essa retomada de sua presença política. Superou as metas de mobilização em 15% e alcançou, mais uma vez, o maior contingente militante absoluto de todo o país. Não só: aplicou com maestria as diretivas nacionais da política organizativa, promovendo revisão das fileiras que encabeçam os esforços nacionais. É grande o dinamismo dos comunistas paulistas. Na Conferência desfilaram várias gerações de militantes, os que persistem há décadas em seu compromisso, mais os enormes novos contingentes que se filiaram. Um ato político representativo demonstrou o prestígio do partido e o respeito que inspira a aliados. Os comunistas aprenderam com o passado, para um presente protagonista aberto à oportunidade que se abre para o futuro em termos de governo estadual alinhado com a onda progressista nacional.

Os anos vindouros serão promissores. Há quatro-cinco anos atrás, apenas, o partido no Estado colheu significativo revés político, perdendo acentuadamente posições. Nasceu aí a grande definição de, em prazo concentrado, repor o papel central do PCdoB-SP para um partido nacionalmente forte. Isso foi alcançado nas eleições de 2010 e em 2011 ultrapassou todas as expectativas em termos de relançamento das perspectivas. Por isso, congratulamo-nos com toda a militância, sobretudo com o grande número de quadros partidários maduros e coesos que cumpriram a função. São Paulo tem uma direção coletiva de fato, liderada por Nádia Campeão nesses anos, ombro a ombro com todo esse conjunto de quadros. A eles todos, parabéns efusivos pelo que se alcançou. Seu exemplo estimula todo o país; os comunistas em São Paulo honraram, uma vez mais, o PCdoB.