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Seminário discute inclusão de pedestres e ciclistas

Aconteceu hoje o seminário de abertura da Semana Nacional de Mobilidade, intitulado “Os modais não motorizados: pedestres e ciclistas”, organizado pelo Grupo de Mobilidade Urbana da Rede Nossa São Paulo e o coletivo de mobilização para o Dia Mundial Sem Carro e Semana da Mobilidade. Entre os assuntos debatidos estava a nova regulamentação de calçadas da cidade de São Paulo e os avanços da ocupação de ciclistas nas vias.

Aconteceu hoje o seminário de abertura da Semana Nacional de Mobilidade, intitulado “Os modais não motorizados: pedestres e ciclistas”, organizado pelo Grupo de Mobilidade Urbana da Rede Nossa São Paulo e o coletivo de mobilização para o Dia Mundial Sem Carro e Semana da Mobilidade. Entre os assuntos debatidos estava a nova regulamentação de calçadas da cidade de São Paulo e os avanços da ocupação de ciclistas nas vias.

Os participantes do evento, que foi uma continuidade à série sobre “Mobilidade e Transporte Sustentáveis – Soluções Inovadoras para a cidade” (realizado no primeiro semestre deste ano), fizeram um avaliação e balanço sobre a atual situação das vias e calçadas da cidade, a sinalização para os pedestres e ciclistas, levando em conta a situação das pessoas com deficiência e idosos e comparando o Plano de Metas e os indicadores.

“Uma cidade preparada para o deficiente, para o idoso, para o ciclista, é uma cidade melhor para quem não anda de bicicleta, não é idoso e não é deficiente. O ar fica melhor, os equipamentos são mais acolhedores. Enfim, temos uma cidade melhor para todos”, declarou
Carlos Aranha, coordenador de participação pública da Ciclocidade, entidade que defende os direitos dos ciclistas e a promoção do uso de bicicletas na capital e Grande São Paulo.

O consultor de inclusão, Sérgio Faria, concordou com o colega de mesa e ressaltou que, quando o assunto é mobilidade, o fundamental é saber se colocar no lugar do outro.
A representante do movimento Chega de Acidentes, a analista de segurança Patrícia Gejer, defendeu a criação de um plano nacional de segurança viária para redução de acidentes, como já ocorreu em países desenvolvidos como Suécia e Inglaterra.

Ela observou que o plano deverá ter como base a “Declaração de Moscou”, resultante da conferência interministerial realizada em novembro, na Rússia, onde a Assembleia Geral da ONU convocou os países membros a implementar atividades nas áreas de gerenciamento de segurança de trânsito, infraestrutura viária, segurança veicular, comportamento do usuário das vias e cuidados pós-acidente. A ONU proclamou, em março, que o período de 2011 a 2020 será a Década de Ações para a Segurança Viária.

“O objetivo é reduzir o número de acidentes em 50%. Para isso, vamos recolher 50 mil assinaturas para sua implementação. Mas é preciso contar com a participação de todos, governo, sociedade e empresas”, observou Patrícia. Ela lembrou que 70% dos acidentes ocorrem em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento e que o Brasil é o quinto país em número de acidentes fatais – em primeiro e segundo lugares estão Estados Unidos e Argentina, respectivamente.

Já Asuncion Blanco, coordenadora do GT Mobilidade Urbana da Rede Nossa São Paulo, frisou a falta de fiscalização da prefeitura nas calçadas. “O cidadão precisa usar mais os canais de comunicação oficiais e reclamar. Sugiro que todos façam, pelo um dia de suas vidas, uma espécie de relatório por onde caminham com mais frequência. Anotem os problemas e mandem para a prefeitura, pode até ser anônimo”, falou Blanco.

Para contribuir com a participação popular, Carlos Aranha sugeriu que nos casos de obstrução de calçadas, por carros ou caminhões, por exemplo, o melhor e comunicar a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), pelo telefone 1188.

Deborah Moreira, da redação do Vermelho