Dia Internacional de Ação por Direitos Sociais e Trabalhistas

A crise mundial do capitalismo ameaça o emprego e os direitos da classe trabalhadora em todo o mundo. Em resposta a isto, a Federação Sindical Mundial (FSM) está mobilizando a classe trabalhadora e o povo em geral para manifestações em diferentes países do mundo na próxima segunda-feira, dia 3 de outubro, mesma data de sua fundação, em 1945.

Em Caxias do Sul, o Sindicato dos Metalúrgicos e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) realizarão uma manifestação pela ampliação dos direitos sociais, contra as demissões e para que os banqueiros e grandes capitalistas paguem pela crise que criaram.

Para os trabalhadores a economia brasileira deve fortalecer um modelo que prioriza emprego, renda, consumo e desenvolvimento. Esse é o caminho. Também é certo que o governo deve apoiar e proteger a indústria nacional, para que esta não perca espaço frente aos importados, mas também precisa proteger o emprego e a renda do trabalhador. Foi dessa maneira que o país superou a crise do final de 2008. Portanto, esse momento exige audácia do governo brasileiro, que pode aproveitar as oportunidades para avançar no rumo de mudanças.

O lançamento do Programa Brasil sem Miséria e o aumento do IPI sobre os carros importados são sinais positivos, porém ainda é necessária uma queda mais significativa nos juros (taxa SELIC) e uma taxa de câmbio mais favorável à produção nacional.

Para o Brasil avançar, as lutas dos trabalhadores são fundamentais, como a redução da jornada sem redução dos salários, por exemplo, medida que pode gerar cerca de 2 milhões de novos empregos no país. Outra questão muito importante é garantir o fim do famigerado fator previdenciário, entulho dos governos FHC que diminui o valor do benefício quando o trabalhador se aposenta.
O local da manifestação ainda deve ser definido.

Bandeiras dos trabalhadores:

A Federação Sindical Mundial e os trabalhadores brasileiros defendem uma ampla agenda de lutas, que são fundamentais para o país crescer com mais direitos sociais. Com a nossa união e mobilização podemos avançar mais:

– Por mais direitos sociais, contra as demissões e para que os banqueiros e grandes capitalistas paguem pela crise que criaram;
– Seguridade Social Pública para todos e fim do fator previdenciário;
– Recuperação do valor das aposentadorias;
– Contrato Coletivo Nacional;
– Defesa das liberdades sindicais e democráticas;
– Redução da jornada de trabalho. Pela aprovação da PEC que estabelece a semana de 40 horas num primeiro momento e depois institui as 35 horas;
– Fim do fator previdenciário;
– Defesa do emprego, contra a demissão sem justa causa e pela ratificação da Convenção 158 da OIT;
– Solidariedade com o povo palestino;
– Regularização da Convenção 151 da OIT, que garante a organização sindical dos trabalhadores do serviço público;
– Pela liberdade dos cinco heróis cubanos, injustamente presos pelo império por lutar contra o terrorismo.