Guarapuava: PCdoB quer novos filiados e mantém oposição a Carli

Faltando apenas três dias para expirar o prazo de filiações partidárias para quem deseja ser candidato nas eleições municipais de 2012, o PCdoB corre atrás de novos nomes e o alvo está sendo os descontentes com partidos de esquerda. Rozalino Ramos deixou o PT e os professores Mariluz (CEMPO) e Orlei de Jesus, diretor do Colégio Francisco Carneiro Martins deixaram o PHS. Ambos agora são filiados ao PCdoB.

De acordo com o presidente da agremiação em Guarapuava, o sindicalista Eloi Myska, o partido está empenhado em filiar o máximo de pessoas para ter uma chapa completa de vereadores. “É claro que buscamos esses nomes em partidos de esquerda e que estejam descontentes”, diz. Caso o PCdoB não consiga fechar a chapa completa a tendência é de buscar coligação na proporcional. “Majoritária ainda é cedo e o cenário está indefinido. A única coisa que sabemos é que somos oposição ao prefeito Fernando Carli”, diz Myska.

Essa postura oposicionista a Carli já vem desde as eleições municipais de 2004 quando o PCdoB apoiou o então candidato Cezar Silvestri. “Sabíamos que o retorno do Carli deveria ser evitado e que se ele fosse eleito ficaria durante oito anos numa política anti-democrática. E foi isso que aconteceu”, diz Myska. Em 2008 o PCdoB se manteve alheio à majoritária e apostou numa coligação com o PT e com o PHS na proporcional. “Tivemos uma coligação vencedora, pois elegemos dois vereadores (Eva Schran e Antenor Gomes de Lima). Por apenas 40 votos deixamos de eleger a dona Maria Magdalena Nerone”, observa.

Embora ache prematuro falar em política de alianças para a majoritária, a tendência do PCdoB é compor um nome com condições de competitividade. “Temos que apoiar alguém com viabilidade de eleição. Por isso, estamos conversando com o PPS, com o próprio PT porque pensamos numa dobradinha entre o Antenor e o Antonio Araújo (PSC), mas parece que isso não será possível”, diz.

Enquanto o momento ainda é de conversas e de ajustes, o PCdoB tem uma única certeza: contribuir para impedir que o grupo situacionista tenha continuidade no comando do município. “Precisamos juntar forças porque, apesar da rejeição atual, o prefeito Fernando Carli ainda tem votos”, alerta.

Fonte: Blog da Cristina Esteche