Milhares de sírios vão às ruas de Damasco em apoio ao governo
Centenas de milhares de pessoas foram às ruas de Damasco, capital da Síria, em apoio ao governo do país e a seu presidente, Bashar al-Assad. Durante a marcha, que foi transmitida pela televisão ao vivo, os manifestantes gritavam lemas como "Com nossa alma e sangue nos sacrificaremos por Assad" ou "Deus, Síria e Bachar", além de portar bandeiras nacionais e pôsteres do presidente.
Publicado 13/10/2011 17:32
Em um dado momento na manifestação, homens e mulheres se deram as mãos para dançar a "dabka", uma dança típica da região, ao ritmo de instrumentos de som e de percussão. Na concentração da multidão, podia-se ver muitas mulheres jovens, com corações pintados em seus rostos, com a frase dirigida ao presidente sírio: "te amamos"
A mobilização de milhares de pessoas teve como um dos efeitos emudecer os grupos de oposição, que tentaram reviver suas ações de rua, cada vez mais fracas, contra o governo. Segundo a Síria, as oposições têm recorrido ainda a ações violentas, cada vez mais letais.
Simpatizantes de Al-Assad marcharam pelo centro de Damasco até a praça Saba Bahrat, munidos de gigantescas bandeiras sirias, fotos do presidente e gritando lemas como "Fora Estados Unidos! A Síria permanecerá livre!" ou "Deus, Síria e Bashar".
Imagens reproduzidas pela televisão síria mostraram milhares de pessoas na marcha, apelidade de "marcha do um milhão", que também levavam bandeiras da Rússia e da China, as duas nações do Conselho de Segurança da ONU que se opuseram a condenar o governo sírio.
Com o lema "Minha Pátria é a Síria", os participantes expressaram sua aderência ao amplo programa de reformas e à independência e unidade nacionais, ameaçadas por mais de seis meses de protestos realizados pela oposição.
Os manifestantes gritaram mensagens de advertência à União Europeia e Turquia para que se abstenham de intervir nos assuntos internos da Síria, armando e financiando os grupos definidos pelo governo como bandos terroristas armados.
Da mesma forma, repudiaram as pressões do Ocidente para que Al-Assad deixe o poder e se submeta a ditames que ignoram o plano de reformas e abertura democrática nessa nação, socavando sua independência.
A manifestação foi organizada por 60 meios de comunicação por meio da internet e ong's para lançar uma mensagem de agradecimento à Rússia e à China "por apoiar o processo de reformas", iniciado pelo presidente, como assinalou Karim Wared, um dos organizadores.
O apoio ao presidente Al-Assad é muito forte nas duas maiores cidades da Síria, Damasco e Alepo, onde o nível de vida de seus habitantes é mais alto e onde não se teve manifestações armadas de bandos oposicionistas como em outras áreas.
Fonte: Contraingerência