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Israel não vai libertar presos palestinos mais conhecidos

Contrariamente ao que foi anunciado na terça-feira (11), a troca que Israel acordou com o movimento Hamas não inclui os dois presos palestinos mais famosos, Marwan Barghouti e Ahmed Saadat, noticia nesta quarta-feira (12) o diário israelense "Yedioth Ahronoth".

"Na prisão ficarão Barghouti, Saadat e o chefe do Hamas na Cisjordânia (Abbas Sayed)”, indica o diário.

O lide carismático palestino Barghouti, ex-secretário-geral do Fatah na Cisjordânia, foi condenado em 2004 por Israel a cinco cadeias perpétuas.

Saadat, o líder da Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), foi condenado sob acusação de envolvimento nos episódios que levaram à morte em 2001 do então ministro de Turismo israelense, Rehavam Zeevi, em um hotel de Jerusalém.

Na noite desta terça-feira, a emissora de televisão "Al-Aqsa" informou que os dois estavam entre os mil palestinos que Israel deixará em liberdade nos próximos dias em troca do soldado Gilad Shalit, detido na Faixa de Gaza desde 25 de junho de 2006.

Segundo o diário, também não será libertado nesta troca Abbas Sayed, que cumpre 31 penas de cadeia perpétua por participar durante a Intifada de Al-Aqsa, de ações armadas durante o tradicional jantar da festa do Pesah, no qual morreram 30 pessoas.

O acordo de troca, com a intermediação de Egito e Alemanha, foi alcançado entre a última quinta-feira e ontem, e a imprensa israelense aguarda o retorno de Shalit e a libertação dos palestinos para a próxima terça ou quarta-feira, na melhor das hipóteses.

O jornal "Yedioth Ahronoth" noticia também que não sairão da prisão Ibrahim Hamed, chefe do braço armado do Hamas na Cisjordânia e que ainda não foi julgado, nem Abdallah Barghouti, que cumpre 67 penas de cadeia perpétua.

Com agências