Mulheres realizam conferências regionais

Aconteceram no sábado, 8 de outubro, conferências regionais da mulher, reunindo, em Ceilândia, mulheres de Águas Claras, Brazlândia, Ceilândia, Riacho Fundo I, Samambaia, Taguatinga e Vicente Pires e, no Gama, Recanto das Emas, Riacho Fundo II e Santa Maria. Houve uma expressiva participação de mulheres e entidades e organizações. Além das intervenções especiais, aconteceram 30 falas de plenário, para cada uma das conferências. As propostas servirão de base para edificação da ação governamental.

Mulheres realizam conferências regionais

Ceilândia
A mesa de abertura da Conferência Regional I, ocorrida em Ceilândia, contou com a participação da secretária da Mulher do DF, Olgamir Amancia, anfitriã do evento. Compuseram a solenidade de abertura o administrador de Ceilândia, Ari Almeida; dra. Viviane, representando a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM); Lúcia Bessa, da Ordem dos Advogados do Brasil, seção DF; Maria Valéria Duarte, subsecretária de Políticas para as Mulheres da SEMDF; e a educadora de Brazlândia, Domani Teixeira de Souza.
Olgamir Amancia destacou a criação da Secretaria de Estado da Mulher do DF, como resultado de uma luta histórica dos movimentos sociais, que contou com a sensibilidade e compromisso do governador Agnelo. “Trata-se de uma secretaria de construção transversal, que dialoga com as demais secretarias com a finalidade de pautar as políticas para as mulheres, de maneira destacada”, garantiu Olgamir. A Secretaria da Mulher já apresentou propostas concretas, como em relação às creches, onde haja perspectiva de gênero; às demandas de geração de trabalho, renda e autonomia financeira para as mulheres; à ampliação dos programas de enfrentamento a violência doméstica.
“Outro aspecto que trabalhamos diz respeito da participação das mulheres nos espaços de poder”, assegura a secretária. “Somos a maioria no ensino superior, graduação e pós-graduação, ou seja, na qualificação para o mercado de trabalho. Entretanto, ainda temos salários inferiores nos mesmos cargos que homens”.
Segundo Olgamir Amancia, o grande desafio da Conferência é refletir coletivamente para construir políticas a partir de um eixo estruturante para a equidade de gênero, pois a autonomia das mulheres é condição para sua emancipação.
Em seguida, a educadora de Brazlândia, Domani de Souza, também fez sua palestra, relatando ser oriunda do movimento chamado “mulheres de luta” e destacou que o machismo é o principal entrave para a conquista das mulheres. Segundo ela, o movimento social encontra grandes dificuldades para a mobilização feminina. Diante desta dificuldade ela sublinhou a importância do plenário da Conferência Regional contar com um expressivo número de participantes.

Gama

A parte da tarde foi reservada à Conferência Regional II, realizada no Gama, cuja abertura contou com a presença da secretária Olgamir Amancia; do administrador do Gama, Adauto de Almeida; do diretor da Regional de Ensino do Gama, professor José Antônio e, representando a administradora do Recanto das Emas, Isa Carneiro, Alaídes Rodrigues de Souza.
“Nosso esforço é trazer para a visibilidade as demandas de gênero, afinal, somos aquelas que garantimos a sobrevivência de nossas famílias, acumulamos hoje até a quádrupla jornada de trabalho, uma vez que a mulher trabalha para ajudar ou prover a renda de casa, não dispõe de creches, de refeitórios, lavanderias coletivas e outros instrumentos sociais que aprisionam a mulher pela via dos afazeres domésticos”, certificou Olgamir.
A professora Tânia Mara Campos afirmou que as mulheres sempre foram desviadas dos cargos de chefia e que a ocupação de espaços de poder pelas mulheres é consequência de uma luta histórica. “Precisamos, portanto, garantir estes espaços que já foram conquistados e avançar para ampliar. Não podemos acomodar, uma diversidade de dados nos mostra que as conquista que conseguimos não estão definitivamente em nossas mãos, alguns recursos destinados as nossas conquistas não são totalmente aplicados” disse.
A exemplo da Conferência anterior, a palavra foi aberta para trinta pessoas do plenário, que deixaram sua contribuição.