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General sírio reafirma unidade das forças de segurança do país

As forças de segurança e da ordem da Síria estão unidas e coesas em defesa do povo e da nação, afirmou nesta sexta-feira (21) o general Fayz Gazy Mohamed, comandante da polícia da província de Hama.

O alto oficial desmentiu assim as notas na mídia corporativa estrangeira de que "desertores" do Exército e das forças de segurança integrem grupos armados que continuam lançando ataques, ainda que cada vez com menos frequência, em especial em quatro das 14 províncias sírias.

O general qualificou tais alegações de propaganda tendenciosa contra a Síria.

Ao mesmo tempo, em declarações à agência cubana de notícias Prensa Latina, Gazy Mohamed admitiu "o trabalho tem sido muito duro durante os últimos meses na província, em particular em julho e agosto, e em sua capital (Hama, ambas), para as forças da ordem, alvo de ataques e assaltos".

Depois de algumas manifestações públicas pacíficas, grupos armados de terroristas vindos de fora do país incitaram revoltas e vandalismos na cidade de Hama e outros povoados do interior dessa província, localizada no centro-oeste da Síria e uma das mais ricas do país.

Os fatos mais dramáticos ocorreram ali, na capital da província que reúne cerca de 380 mil habitantes, a imensa maioria formada por muçulmanos sunitas, na semana de 31 de julho a 8 de agosto passado.

Algumas centenas de pessoas, acompanhadas por indivíduos armados, destruíram por exemplo o Clube de Oficiais de Hama, bem como a sede da Promotoria e a Corte Provincial – o mesmo aconteceu semanas antes em Daraa, no sul do país, o que tornou evidente o mesmo padrão de operação.

Em 1 de julho último a delegacia de polícia do bairro Hader foi assaltada e incendiada em um ataque surpresa ao romper do dia, antes das 6 horas. Os 17 agentes que se encontravam no alojamento da delegacia – quase todos ainda dormindo – foram mortos e seus corpos lançados em um rio próximo, o al-Assi.

Ações violentas similares tiveram lugar, e ainda acontecem ainda que com menor frequência, em pequenos povoados do interior da província.

O general detalhou que as forças policiais em Hama registraram 35 mortos, um deles um oficial, e 350 feridos.

"Agora a situação está muito melhor, e contamos com a colaboração cada vez maior do povo, que deseja o fim desta situação que também lhes afeta", assegurou o oficial, que assumiu em julho o comando das forças da ordem de Hama.

Os cidadãos começaram a colaborar – disse – cada vez mais com a Polícia e o Exército, porque nos últimos meses sofreu muito e "os agentes também são filhos, irmãos, pais, pessoas do povo", afirmou.

"A população deseja paz e segurança. Estamos trabalhando nisso e o conseguiremos", previu Gazy Mohamed, que declarou que nos últimos dias foram capturados integrantes dessas quadrilhas, apreendendo grande variedade de armas, munições e explosivos, exibidos à mídia na sede da polícia de Hama.

A imprensa ocidental e em particular a emissora catariana de televisão al-Jazira apresentaram, de início, esses grupos como oposição armada ao governo do presidente Bashar al-Assad. Com a diminuição das manifestações iniciais, então passaram a dizer que são desertores, para manter a campanha midiática anti-síria, comentou, por sua vez, à Prensa Latina o governador de Hama, Anas A. Naem.

Questionado sobre o por quê do Catar assumir essa postura anti-síria, Naem opinou que a monarquia ali tem problemas e precisa desviar a atenção deles.

"Além do mais quer ganhar influência na região do Golfo (Pérsico), e para conseguir a simpatia e o apoio dos Estados Unidos ataca a Síria, o que está em sintonia com a geopolítica de Washington para o Oriente Médio", acrescentou.

Com informações da Prensa Latina

Veja reportagem da emissora Telesur sobre as manifestações a favor do governo sírio realizadas esta semana em Aleppo e outras cidades do país: