Conferência Estadual de Juventude da Bahia começa na sexta-feira

Com o tema “Juventude, desenvolvimento e efetivação de direitos – construir direitos, desenvolver o Brasil e a Bahia”, a II Conferência Estadual de Juventude é a maior realizada por um estado. Segundo a Comissão Organizadora do evento, foram mobilizados aproximadamente 60 mil jovens em todo o estado. Os 2 mil delegados foram eleitos nas 232 conferências municipais, 26 territoriais, 30 conferências livres, além da conferência eletiva de povos tradicionais e de jovens em cumprimento de medidas sócio-educativas.

Para o presidente do Conselho Estadual da Juventude (Conjuve), Juremar Oliveira, o processo de mobilização foi magnífico, pois apesar de existir o que se chama de invisibilidade da juventude para as políticas públicas das prefeituras e do Poder Público em geral, a juventude demonstrou mais uma vez que quer debater políticas, apresentar sua opinião sobre os problemas da juventude no estado. “Isto é comprovado pelos números, com cerca de 60 mil participantes e a maior conferência do Brasil. Isso demonstra também que a juventude baiana tem muito interesse em contribuir, em debater e como sempre defender suas ideias, seus sonhos e expectativas”.

“A expectativa é que a Conferência seja um espaço rico de muita participação, de muita disputa e de muito entendimento da juventude sobre políticas públicas. Que seja também palco político avançado da reflexão sobre a realidade da juventude na Bahia e ao mesmo tempo seja um canal de pressão sobre a Assembléia Legislativa da Bahia para aprovar o Plano Estadual da Juventude. A gente tinha a expectativa de que o Plano fosse aprovado até a Conferência e como isso não aconteceu, a ideia é que o evento seja um espaço de pressão, diálogo e indagação à Assembléia sobre a importância de aprovar o plano”, destacou Oliveira.

A aprovação do Plano continua sendo a principal bandeira da juventude na Bahia. “Existe um vácuo na legislação. Porque não existe uma lei na Bahia, que dê direitos à juventude e responsabilize o estado para com essa juventude. Aprovar esta lei, que seria a primeira em relação à juventude na Bahia, seria responsabilizar o estado com a juventude e transformar a política de juventude uma questão de Estado e não apenas uma política de governo. Nós queremos que mesmo quando Wagner deixar de ser governador e outro governador esteja cumprindo a tarefa, ainda assim a política de juventude se materialize, se concretize, justamente porque ela não é uma regra de governo, mas do estado baiano enquanto todo. É pensar a juventude, analisar os problemas da juventude de forma transversal e garantir os direitos dos jovens”, ressaltou o presidente do Conjuve.

De Salvador,
Eliane Costa