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Oriente Médio: Nova proposta de negociação é vista com ceticismo

A nova tentativa do Quarteto para o Oriente Médio de relançar negociações entre israelenses e palestinos foi visto com ceticismo nesta quinta-feira na ONU, porque segue uma linha proposta com a estratégia estadunidense para a questão.

O Quarteto, integrado por Estados Unidos, Rússia, a União Européia e a ONU, realizou na quarta-feira (25) em Jerusalém reuniões em separado com representantes israelenses e palestinos para tratar de retomar as conversas interrompidas há 13 meses.

No entanto, as primeiras declarações de Telavive depois do primeiro contato acabaram ratificando a intransigência israelense quanto a uma das principais causas da paralisação do diálogo.

Trata-se de negativa do país em deter a construção em colônias ilegais judaicas nos territórios ocupados, uma das reivindicações básicas dos palestinos e da comunidade internacional.

Pouco depois das primeiras negociações entre o Quarteto e as partes em conflito, o negociador palestino Saeb Erekat fez questão de dizer que o fim das construções é indispensável para uma eventual reabertura do diálogo dirente entre as duas partes.

Outro ponto reside também na necessidade de que Israel admita as fronteiras existentes em junho de 1967.

Uma nota divulgada na ONU depois dos contatos de ontem em Jerusalém revela que os emissários israelenses e palestinos expressaram sua disposição a "superar os atuais obstáculos e retomar negociações, sem atrasos nem pré condições".

O comunicado informou que ambas as partes aceitaram apresentar no prazo de três meses propostas em relação a territórios e segurança, "no contexto de nosso compromisso compartilhado com negociações diretas para um acordo de paz no final de 2012".

Nos encontros foi decidida a realização de reuniões regulares durante os próximos 90 dias para analisar os progressos no processo.

A celebração de reuniões em separado tem o objetivo de pôr em prática o conteúdo da declaração emitida pelo Quarteto em 23 de setembro.

Ela foi feita imediatamente depois que o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmud Abas, pediu na ONU o reconhecimento oficial do Estado da Palestina na organização, aspiração recusada por Estados Unidos e Israel.

Diante da solicitação, o Quarteto anunciou uma série de passos para reabrir as negociações e reiterou seu apoio à "visão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre a paz entre israelenses e palestinos".

Também, pediu a Israel e aos palestinos a apresentação de propostas nos próximos três meses relativasa territórios e segurança e deu um semestre de prazo para que se produzam "progressos substanciais".

Com informações da Prensa Latina