Programa Segundo Tempo tem importante impacto social em Campinas

A afirmação acima foi feita pelo secretário de Esportes e Lazer de Campinas, Gustavo Petta, na manhã de desta quarta-feira (09), na Câmara Municipal. Petta atendeu requerimento do vereador Campos Filho (DEM), da Comissão de Constituição e Legalidade da casa. O objetivo do requerimento foi que o secretário prestasse esclarecimentos sobre a utilização dos recursos federais repassados à prefeitura e que foram destinados ao Programa Segundo Tempo.

gustavo petta

Antes de falar sobre o programa Segundo Tempo, Petta informou que seu trabalho à frente da secretaria trata o esporte como um direito constitucional da população e, portanto, um dever do Poder Público. Nessa perspectiva, ele busca atuar em três esferas: a formação das crianças e jovens; ações que beneficiem a saúde da população e a geração de empregos.

Por conta dessas preocupações, desde que assumiu o comando da pasta – em janeiro de 2009 – a secretaria realizou competições esportivas universitárias, aplicou o programa Segundo Tempo, criou mais de 50 grupos populares nas praças de esportes e 25 grupos de terceira idade. Nesse segmento, Gustavo destaca a retomada dos Jogos Municipais do Idoso que trouxeram resultados positivos para o município durante a competição regional.

A secretaria de Esportes realiza 200 eventos esportivos por ano, sendo 25 corridas de rua; recuperou as praças e clubes municipais; montou duas ciclofaixas – uma ligando o centro ao bairro Taquaral e outra na região do Ouro Verde – com mais de 30km de extensão e está finalizando o programa Ruas de Lazer, que fecha ruas da cidade para práticas esportivas e de lazer – lei do vereador Benassi (PCdoB).

Petta destacou a realização dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), que estão ocorrendo pela primeira vez em Campinas. Segundo o secretario, esse conjunto de ações, além da inclusão social, dão visibilidade à cidade, atraindo investimentos e gerando empregos.

Sobre o Segundo Tempo, Petta informou que o convênio foi firmado em 2008, entre a Prefeitura e o Ministério do Esporte. Em 2009, ao tomar posse, ele procurou outras secretarias para discutir os locais onde o programa poderia ser implantado. A opção foi por áreas de alta vulnerabilidade social na periferia da cidade. Se, por um lado, isso restringiria a prática de algumas modalidades, por outro, atenderia as crianças e jovens carentes.

Para a implantação do programa, a secretária de Esportes estabeleceu convênios com três entidades. A Ceasa/Campinas, responsável pelo reforço alimentar previsto; o CIEE (Centro de Integração Empresa Escola) para a contratação de estagiários e a Associação Esporte Abraça Campinas (SEAC), responsável pela parte pedagógica do Programa.

A secretaria também optou pela redução da meta inicial, de 200 para 100 crianças por núcleo, com o objetivo de garantir uma boa formação pedagógica aos beneficiados. Tal redução foi aprovada pelo Ministério do Esporte e teve como resultado suplementar a economia de recursos. Campinas recebeu R$ 3,4 milhões do Ministério, investiu R$ 1,5 milhões e tem R$ 2,4 milhões em caixa. O município também é responsável por uma contrapartida de R$ 1,5 milhão. Os recursos estão aplicados em uma conta específica da Prefeitura.

Petta informou que a Prefeitura tem duas opções sobre o que fazer com os recursos que estão em caixa. Devolver à União, ou prorrogar o convênio por mais um período. Em sua opinião, face ao importante impacto social na cidade, o Programa deveria ser prorrogado. Tal ação ainda não foi efetivada devido às mudanças no Executivo que têm ocorrido na cidade este ano.

Os vereadores presentes fizeram uso da palavra e nenhuma pergunta ficou sem resposta. O secretário foi firme ao rebater acusações infundadas feitas pela mídia e afirmativo nas respostas sobre seu trabalho à frente da secretaria. O vereador Cidão Santos (PPS) referendou as palavras do secretário ao afirmar que “quem anda pela periferia, vê o trabalho do Segundo Tempo. O problema ocorre no fim do convênio quando as atividades param. Por isso, o Segundo Tempo tem que continuar, não pode parar”.

Participaram da reunião os vereadores Campos Filho (DEM), Josias Lech (PT), Artur Orsi (PSDB) – membros da comissão. Também estiveram presentes os vereadores Benassi (PCdoB), Cidão Santos (PPS), Sebastião dos Santos (PMDB) e Canário (PT).

De Campinas,
Agildo Nogueira Junior