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Premiês de Índia e Paquistão aparam arestas em reunião na Ásia

Os premiês da Índia e do Paquistão, Manmohan Singh e Yousuf Raza Gilani, comprometeram-se nesta quinta-feira (10) em Addu, nas ilhas Maldivas, a abrir um novo capítulo nas relações entre ambas nações.

"Abordamos com sinceridade os problemas que afetam as relações bilaterais. Já perdemos muito tempo nos emperrados debates do passado", disse Singh a jornalistas que cobrem as atividades da 17ª cúpula da Associação da Ásia do Sul para a Cooperação Regional (Saarc).

O chefe de governo assinalou, porém, que "ainda fica muito por fazer" e expressou sua confiança em que a próxima rodada de conversas "deve ser bem mais produtiva" e orientada a "resultados superiores".

Gilani, por sua vez, apontou que durante sua reunião de quase uma hora com Singh os dois examinaram "todas as questões", entre elas os motivos de conflitos entre as duas nações, incluído o tema da disputa sobre o território da Caxemira.

"O premiê (da Índia) sempre foi um homem de mente aberta e pôs suas cartas sobre a mesa", assinalou o líder paquistanês.

Gilani concordou com seu colega indiano de que a próxima negociação, entre funcionários de alto escalão das duas partes, será "mais produtiva" e permitirá abrir "um novo capítulo na história dos dois países".

O processo de entendimento entre Nova Deli e Islamabad foi interrompido devido aos atentados terroristas de novembro de 2008 à cidade de Mumbai. A Índia atribuiu os ataques a um grupo radical islâmico radicado no Paquistão.

Os primeiros sinais de restabelecimento do diálogo foram notados exatamente na cúpula passada da Saarc, realizada em abril de 2010 na cidade de Thimphu, no Butão.

Em março deste ano, Singh e Gilani se reuniram informalmente na cidade indiana de Mohali, onde presenciaram uma partida de críquete entre as seleções nacionais de seus países, encontro que foi considerado como um novo motor para o diálogo bilateral.

Posteriormente, os secretários e ministros de Relações Exteriores, assim como os titulares de outras pastas, tiveram várias reuniões com o objetivo de restaurar a confiança mútua, um processo que tem tranquilizado as demais nações do sul da Ásia e a comunidade internacional, pois se trata de duas potências nucleares.

Ambos os países, além disso, são fundamentais na garantia da estabilidade na região e têm compromisso no importante papel do processo de pacificação e reconstrução de seu vizinho Afeganistão.

Fonte: Prensa Latina