Encontro Ibero-americano reúne chefes de Estado em Salvador

Uma grande celebração à igualdade marcará nesta quinta-feira (17/11), às 9h30, no Centro de Convenções, em Salvador, a abertura oficial do Encontro Ibero-americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes (Afro XXI). O evento prossegue até sábado, quando a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e outros chefes de Estado de países latino-americanos e africanos se reúnem para a elaboração da Carta de Salvador, documento final do evento com diretrizes para políticas públicas das nações envolvidas.

A solenidade de abertura será aberta ao público. Na mesa, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), estará ao lado de Enrique Iglesias, que comanda a Secretaria Geral Ibero-americana, entidade parceira do governo brasileiro na organização do Encontro. Estarão presentes também, a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Iguldade Racial, Luiza Bairros, e o ministro de Relações Exteriores Antônio Patriota.

Antes mesmo da abertura oficial, os debates em torno das formas de combate ao racismo e para a implantação de ações efetivas de reparação para as populações afrodescendentes no Brasil e em países latino-americanos e africanos terão espaço com o fórum de entidades da sociedade civil, que acontece durante toda esta quarta-feira (16), no Centro de Convenção.

Nos dias 17 e 18, acontecem mesas temáticas, reunindo especialistas, pesquisadores e gestores públicos. O resultado desses três dias de debates será apresentado aos chefes de Estado, que se reunirão no sábado (19), no Palácio da Aclamação, para a elaboração da Carta de Salvador, documento final do evento com diretrizes para políticas públicas das nações envolvidas.

Para a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, “a Bahia e Salvador já se afirmaram como uma referência da negritude e da presença negra na política. Isso fez com que o Afro XXI seja realizado aqui e teremos, nesse período, a possibilidade de fazer uma reflexão ampla pegando todas as contribuições que foram levantadas nos encontros anteriores e principalmente pensar no que se pode projetar para os próximos anos”. Ela destaca ainda os “mecanismos institucionais poderosos que o Brasil criou e, infelizmente, não encontram paralelo em outros países.”

Segundo o ministro-chefe da Divisão de Temas Sociais do Ministério de Relações Exteriores, Silvio Albuquerque, “a Carta de Salvador terá como fundamento a instituição de Salvador como capital simbólica da América Ibérica. Propõe também a criação de um observatório sobre políticas censitárias, isso porque vários países sequer têm entendimento da composição racial da sua população e, ao mesmo tempo, criará um fundo de contribuição voluntária que se reverterá em ações na área da cultura e da educação para os países e a população da nossa região”.

Com informações da Ascom do Encontro Ibero-americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes.