Sem categoria

Leitura do novo Código Florestal adiada para segunda no Senado

Para construir um texto que atenda a todos, sem magem para questionamentos futuros na Justiça, o relator do novo Código Florestal, Jorge Viana (PT-AC), concordou com o presidente da Comissão de Meio Ambiente, Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), em adiar a análise da matéria para segunda-feira (21), pela manhã, quando fará a leitura do parecer.

Depois, por 48 horas, abrirá prazo para apresentação de emendas. Rollemberg não descarta que a votação, no colegiado, comece na quarta-feira (23) e termine na quinta-feira (24).

Rodrigo Rollemberg e o senador Waldemir Moka (PMDB-MS) disseram à Agência Brasil que já existe um acordo com Viana para que os proprietários rurais – e não só agricultores familiares e produtores rurais que tinham até quatro módulos fiscais em 22 de julho de 2008 – terão direito às regras especiais na recomposição de áreas de preservação permanente (APPs). No entanto, ainda estão pendentes as chamadas excepcionalidades para a recomposição das matas ciliares, a depender da largura dos rios.

Segundo Waldemir Moka, pela proposta em análise, cabe aos órgãos ambientais dos estados definirem quem será incluído nessas regras excepcionais. Os proprietários rurais que tenham terras em margens de rios com até 10 metros de largura já fazem parte da exceção. Já proprietários com áreas que margeiam rios entre 10 e 30 metros de largura, excepcionalmente, também poderão recompor 30 metros de APPs e, a depender da análise dos órgãos ambientais, reduzir essa metragem. De 30 a 100 metros de largura de rios, os proprietários terão que recompor 30 metros de mata ciliar.

“Estamos trabalhando para que a regra geral saia da lei do novo Código Florestal, e os órgãos colegiados, como os conselhos estaduais de meio ambiente, poderiam auxiliar no cumprimento dessa lei”, disse Jorge Viana que evitou entrar no mérito das propostas em estudo. O relator espera que, na semana que vem, o seu parecer seja votado na comissão.

"Houve um represamento das mudanças para a Comissão de Meio Ambiente", disse o senador à Folha, em alusão aos temas polêmicos que ficaram para ser decididos em seu relatório. "Não tenho direito a açodamento, a botar novidades [no texto] sem discutir com as pessoas.", completou Viana.

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) disse que outro ponto polêmico que terá que ser negociado por Jorge Viana é a recomposição de cobertura vegetal nas grandes cidades.

Fonte: Agência Brasil