Farc: Paz com justiça social é possível, mas é preciso lutar
As Forças Armadas da Colômbia (Farc) publicaram um informe com o balanço das ações das Forças Militares colombianas contra a insurgência das Farc e do ELN. Em 15 ações militares, uma média de uma a cada dia, no período de 22 de novembro a 7 de dezembro de 2011, 11 militares foram mortos e 9 feridos e um guerrilheiro foi morto, segundo informações publicadas pela imprensa nacional e internacional.
Publicado 20/12/2011 11:22
Entre as baixas estão , três militares e um policial que estavam em poder das Farc. Essas mortes foram ocasionadas por uma operação de resgate das Forças Militares. De acordo com a insurgência, “o mais grave é que essas pessoas morreram justamente quando a guerrilha preparava condições para entregá-los aos facilitadores internacionais”, encabeçadas por Piedad Cordoba, ex-senadora colombiana.
De acordo com o comunicado das Farc, muitas das pessoas em poder da insurgência já passaram 14 anos como prisioneiros de guerra e são tratados com todo o cuidado, “tanto que todos os liberados (mais de 300) apresentaram boa saúde, bom estado físico e mental, o que lhes permitiu reassumir suas atividades” assim que reconquistaram a liberdade.
A guerrilha, no entanto, se demonstrou indignada com o fato de que o Estado e os governantes preferiram a morte dos compatriotas em uma ação militar oficial ao invés da “troca de prisioneiros em poder das partes em conflito, ação defendida pela insurgência há mais de 14 anos”.
Eles anunciam mais uma vez a liberação de outros prisioneiros. “Tomara que o presidente Santos facilite essa liberação dando as garantias necessárias e não ordene outro operativo de resgate”, diz o texto.
Por fim, consideram “muito positivo” que os facilitadores internacionais visitem as presas e os presos políticos, que já chegam a 9 mil e que se encontram em condições desumanas nos cárceres da Colômbia e dos EUA.
“As forças democráticas, tanto em nível nacional quanto internacional temos que seguir lutando pela paz com justiça social, que tanto anseia o povo colombiano”.
Da Redação do Vermelho, com informações da Agência Nova Colômbia