Revista Samuel estreia com dossiê sobre a crise econômica nos EUA

Os Estados Unidos têm futuro? Essa é a pergunta que orienta o dossiê da mais nova revista que estreia nas bancas nesta semana, a Samuel. Os textos contemplam os aspectos econômicos, políticos e sociais de um país em crise. A revista Samuel, explica seu editor, Breno Altman, reúne o que de melhor na mídia independente digital e impressa do Brasil e do mundo.


A primeira edição traz uma reportagem da The Nation, mais tradicional revista semanal do país, assinada por David K. Shipler, que denuncia a onda de grampos que cidadãos norte-americanos vêm sofrendo após os ataques de 11 de setembro. De acordo com o repórter, as ferramentas utilizadas na era do republicano George Bush para violar a intimidade se mantêm no governo democrata de Barak Obama.

A revista traz ainda em seu dossiê o perfil do procurador-geral de Nova York, Eric Schneiderman, produzido por Nina Burleifgh, da revista Salon. Ele tem a atribuição de investigar os responsáveis pela crise que se iniciou em 2008 e tornou-se célebre por sua atuação contra os “banksters” – neologismo que reúne, em inglês, as palavras “banker” (banqueiro) e “gangster”. “As pessoas que causaram esta quebra precisam ser responsabilizadas, e não detecto nenhuma diminuição no desejo do povo de Nova York para que a justiça seja feita”, diz Schneiderman.

Painel de informações

Samuel não traz textos inéditos: ela, ao contrário, faz uma compilação dos melhores artigos e reportagens da imprensa independente internacional. Com isso, cria um painel de informações de qualidade, com textos bem escritos, sobre diferentes assuntos. Além do dossiê, a revista traz reportagens sobre política internacional, ciência e tecnologia, meio ambiente, cultura e comportamento.

O número um traz, por exemplo, uma reportagem originalmente publicada pela revista Trip, sobre a escola que tirou a pior nota no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O enviado especial a Betânia, no Amazonas, foge do senso comum e procura entender o resultado: a escola, frequentada por alunos da etnia indígena ticuna, tem baixas notas no exame, entre outros motivos, porque na região o espanhol é a segunda língua dos índios – que raramente tem contado com o português fora da sala de aula.

O nome da revista independente é uma homenagem ao jornalista Samuel Wainer, criador do Última Hora. Samuel é uma publicação da Última Instância Editorial. No total o leitor encontrará na primeira edição oito textos, de oito diferentes veículos, discutindo os rumos da maior potência do planeta.

Fonte: Última Instância Editorial