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Euro cumprirá 10 anos, sem comemorações

O euro cumprirá no dia 1º de janeiro, o décimo aniversário de sua existência, como moeda única circulante em vários países, ainda que a Comissão Europeia tenha declarado que se absterá de celebrar a data.

Olivier Bailly, porta-voz da Comissão, assegurou que nenhuma celebração está prevista, embora acredite que a criação dessa moeda seja "um dos maiores acontecimentos" na história recente do continente.

Barco à deriva

Bailly negou que a prolongada crise da dívida soberana na União Europeia (UE) seja também uma crise do euro, cuja existência considerou como fora de todo risco.

Recentemente em uma conferência realizada em Pequim, o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn irritou as autoridades da União Europeia ao definir a Eurozona como "um barco prestes a afundar".

Ossos do ofício

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, tratou de desmecerecer a afirmação e assegurou que o euro "faz parte fundamental dos tratados de Maastricht" e sua função é "irreversível".

Mas o banqueiro italiano está mais longe da verdade do que o polêmico ex-dirigente do FMI, que não consegue se livrar de escândalos sexuais e denúncias de estupro. Ele não poderia dizer outra coisa, já que são ossos do seu ofício defender a moeda comum. Porém, a crise da dívida é também uma crise do euro, pois obviamente tem entre suas causas os desequilíbrios no intercâmbio produtivo e comercial dentro da região consolidados e de certa forma ampliados após a conversão das outras moedas em euro num processo que favoreceu as exportações da Alemanha e agravou o déficit comercial de outros, déficit este que, no caso, se desdobra necessariamente em dívida externa.

Moeda comemorativa

Ainda que esteja excluído qualquer festejo pelo décimo aniversário, o BCE emitirá uma moeda comemorativa de dois euros, que começará a circular nos próximos dias.

Dezessete países europeus acolheram a moeda comum, ao mesmo tempo que outros seis pequenos Estados, como São Marinho, Andorra, Vaticano, Kossovo, Montenegro e Liechtenstein, estão autorizados a usá-lo por não possuirem carecer de um meio próprio de pagamento.

Com informações da Prensa Latina