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Occupy Wall Street participará de desfile popular na Califórnia

O movimento Occupy Wall Street (OWS) participará de uma celebração popular em Pasadena, Califórnia, no dia 2 de janeiro, com dois carros alegóricos criticando o sistema capitalista, segundo informaram nesta sexta-feira (30) ativistas do grupo.

Durante o chamado Desfile das Rosas, os ativistas apresentarão dois carros: um com a figura de um polvo e outro representando a Constituição dos Estados Unidos, segundo o jornal californiano La Opinión.

"Ambos os veículos serão empurrados pelos denominados indignados de Los Angeles, movimento que desde o despejo pela prefeitura do município em novembro, busca se manter", comentou a publicação.

Cerca de 250 ativistas foram presos no fim do mês passado depois que 1.400 policiais os expulsaram, por ordem do prefeito, de uma praça no centro da cidade, onde se encontravam acampados.

"Levaremos um polvo de mais de nove metros de altura, que reflete como as grandes corporações têm controlado o povo", indicou Carlos Marroquín, representante do OWS de Los Angeles.

O ativista assinalou que o movimento participará, depois, de uma reunião pública na prefeitura de Pasadena. O movimento calcula a presença de entre mil e 2 mil manifestantes.

"Não vamos interromper nada; se virmos que grupos tentam destruir ou interromper o desfile, chamaremos imediatamente a polícia para dizer-lhe que não são parte de nosso movimento", esclareceu Marroquín.

"Ainda que a polícia de Pasadena tenha permitido a participação não oficial dos anti-Wall Street no tradicional evento, ela reforçará sua presença, ainda que não tenha assinalado quantos agentes serão mobilizados", agregou o rotativo.

Na 123ª edição do Desfile das Rosas, haverá 43 carros alegóricos, cinco dos quais são patrocinados por instituições bancárias.

"Os pacifistas antecipam que se focarão no carro do consórcio Wells Fargo e que protestarão apenas através de cartazes", concluiu a fonte.

As manifestações populares sob a denominação de OWS cumpriram três meses no dia 17 de dezembro e se estenderam às principais cidades da nação.

Aqueles que se catalogam como "indignados" alçam sua voz contra a ganância do mundo corporativo financeiro, o desmedido poder dos grandes bancos, bem como as iniquidades geradas pelo sistema capitalista.

Os ativistas têm enfrentado as baixas temperaturas do inverno, as expulsões policiais e o emprego de violência desmedida por parte das autoridades, que chegou à prisão e ao uso de gás pimenta.

Com informações da Prensa Latina