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Rússia diz que agressão à Síria não terá aprovação na ONU

Uma eventual agressão à Síria de nenhuma forma contará com a aprovação do Conselho de Segurança da ONU, afirmou na quarta-feira (18) o ministro russo do Exterior, Serguei Lavrov, em uma coletiva com a imprensa realizada em Moscou.

Lavrov comentou que existe uma linha vermelha para a Rússia e em parte para a China ao patrocinar um novo projeto de resolução da ONU sobre o país: de nenhuma forma esse documento poderá ser interpretado como permissão para uma ação bélica.

O ministro esclareceu, no caso de informações divulgadas no Ocidente sobre a chegada de um navio com aparato "suspeito" ao porto sírio, que seu país mantém relações comerciais com apego estrito a todas as normas internacionais estabelecidas.

Por isso, não vemos a necessidade de explicar algo que está longe de violar algum tipo de documento aprovado pelo Conselho de Segurança, afirmou o diplomata ao comentar declarações nesse sentido da embaixadora estadunidense nas Nações Unidas, Susan Rice.

Existem países que aplicam sanções unilaterais contra a Síria ou o Irã e depois vêm ao Conselho de Segurança da ONU apresentar um fato consumado e exigir apoio a essas restrições que tomam por sua conta e com as quais não temos obrigação alguma, denunciou.

A aplicação de medidas unilaterais rompe o consenso pelo qual Estados Unidos desejam pôr em prática alguma medida coletiva no âmbito do Conselho de Segurança, destacou.

Por outro lado, se desejam lançar uma ação bélica contra a Síria será um passo ilegal, pois não terá a aprovação do referido órgão internacional, afirmou em alusão a um possível veto russo.

Ao mesmo tempo, esclareceu que o citado rascunho de uma resolução sobre a Síria destaca o firme propósito de todos de se absterem da ingerência nos assuntos internos desse país e de uma ação armada, enfatizou Lavrov.

Países ocidentais exigem um documento mais duro contra o governo sírio, mas se omitem de falar de ações de grupos armados contra hospitais e escolas, bem como dos atentados terroristas. "Por que devemos manter silêncio sobre isso", perguntou.

Lavrov reiterou que em qualquer caso Moscou rejeita o uso da força em uma região onde um conflito pode começar de uma forma, sem que ninguém possa prever como terminará, para onde se estenderá e a reação em rede que isso pode provocar, opinou.

Prensa Latina