PM encerra greve na Bahia

Depois de 12 dias em greve, policiais militares da Bahia decretaram o final do movimento em assembleia na noite deste sábado (11/2), no Ginásio de Esporte dos Bancários, no Centro de Salvador. Os grevistas aceitaram a proposta oferecida pelo governo de 6,5% de reajuste, além do pagamento da GAP-4 a partir de novembro e a GAP-5 até 2015.

Com o encerramento da greve, a expectativa é de que a vida volte à normalidade a partir de segunda-feira, com o retorno das aulas e o fechamento do comércio no horário convencional. A população já tinha começado a voltar às ruas a partir de sexta-feira, quando o Comando Geral da Polícia Militar anunciou que 85% dos policias tinham retomado as suas atividades.

Ontem também, o governo anunciou que começaria a descontar os dias dos policiais que não se apresentassem ao trabalho, que ainda estariam sujeitos a sanções administrativas. Apesar disso, em assembleia os policiais decidiram pela manutenção da greve, que só foi encerrada oficialmente neste sábado.


Projeto de lei

Em entrevista à imprensa, o comandante geral da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, convocou os policiais que ainda estavam parados a voltar ao trabalho e reafirmou que está sendo enviado para a Assembleia Legislativa, via Governo do Estado, o projeto de lei que inclui o acordo fechado com as associações. Entre os pontos negociados, estão, além da não punição dos policiais que participaram de forma pacífica da paralisação, os valores escalonados da Gratificação por Atividade Policial (GAP) IV e V.

A implantação da GAP IV será a partir de novembro deste ano, de forma que todo o efetivo da Polícia Militar seja promovido até 2015 à GAP V. A GAP IV terá sua implantação concluída em 2013. Um processo de transição será implantado em 2014, com a aplicação de uma escala intermediária equivalente à metade da diferença entre a GAP IV e a GAP V, e em novembro de 2015 todos chegarão à GAP V.

Além disso, está assegurado o reajuste de 6,5%, retroativo a janeiro deste ano. Essas propostas vão garantir ganhos escalonados no período, que chegarão a 38,89%, para soldados, e a 37,11%, para sargentos, graduações que correspondem aos maiores contingentes da tropa.

“Ficou também acertado que não está fechada a mesa. Haverá outras negociações, onde serão tratados o seguro-acidente, a lei de organização básica, a de promoções e a de ensino da Polícia Militar. São propostas que se referem à valorização do policial, com incentivo à carreira”, ressaltou Castro.

De Salvador,
Eliane Costa com agências.