Chávez nega metástase e explica procedimento de nova operação

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou nesta terça-feira (21) que vai passar por uma nova cirurgia para remover uma lesão na pélvis, de onde há pouco menos de um ano um tumor foi retirado. O presidente deverá viajar para Cuba até o próximo final de semana, onde realizará o procedimento cirúrgico com os mesmos médicos que já o haviam operado.

“Vou para Havana, lá está tudo pronto, são os mesmos médicos que me operaram”, afirmou à emissora estatal VTV. Ainda segundo o presidente, há grandes probabilidades de a lesão ser maligna.

“Não temos certeza, ninguém pode dizer que essa nova lesão seja maligna, no entanto há probabilidades altas, porque está no mesmo lugar onde estava o outro, por isso é preciso extraí-lo”, declarou o presidente, que ressaltou a necessidade de se agir rapidamente.

“É preciso atuar rápido para precisar as características desta lesão para depois proceder uma nova etapa do tratamento”, completou. Falando ao vivo de Barinas, seu estado natal, Chávez negou ainda que a nova lesão seja uma metástase.

"É uma pequena lesão, de cerca de dois centímetros de diâmetro, claramente visível. Isso nos obriga a fazer outra intervenção cirúrgica", disse o presidente.

“Desminto as informações que circulam nos meios de comunicação de que tenho metástase no fígado. Não há metástase em nenhum lugar”, ressaltou o presidente venezuelano na transmissão ao vivo. Segundo Chávez, os rumores existem porque "querem que eu morra".

"Levantam rumores sobre meu estado de saúde para criar angústia, ansiedade e desestabilizar o país por essa via”, completou. Jornalistas brasileiros e venezuelanos afirmaram nos últimos dias que o câncer do presidente venezuelano estava em processo de metástase, fato que já havia sido negado por membros do governo.

"Na metade de fevereiro precisava fazer um novo exame, fui a Cuba no sábado (18/02), uma viagem exclusivamente para os exames, fiz todos, me submeteram a uma tomografia com contraste, uma ressonância magnética”, explicou. "Agora tenho que discutir com os meus companheiros onde será a operação, mas que ninguém se desespere, nem se alegre, porque essa revolução tem força e nada pode detê-la”, afirmou Chávez.

Fonte: Opera Mundi