Cerca de 29 milhões de camponeses mexicanos vivem na precariedade
Mais de 29 milhões de camponeses mexicanos não têm poder aquisitivo suficiente para comprar a cesta básica de alimentos, segundo revelou um relatório sobre os efeitos do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (TLCAN, ou Nafta, em inglês) e da reforma do Artigo 27 da Constituição mexicana.
Publicado 05/03/2012 15:44
Segundo o documento, elaborado por especialista do Centro de Análise Multidisciplinar (CAM) da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), 34% da população rural não tem acesso a nenhuma renda, enquanto 25% só tem acesso ao salário mínimo e 27% atinjam a renda de até dois salários mínimos.
Neste estudo, dirigido pelo pesquisador Daid Lazano Tovar, demonstra-se que por causa do aumento do custo dos produtos básicos (maioria dos alimentos), as famílias camponesas perderam 44% de seu poder aquisitivo, desde que o presidente Filipe Calderón assumiu a presidência do país latino-americano em 2006.
Além disso, o relatório aponta que a migração nas comunidades rurais aumentou para 41% nos últimos 6 anos, enquanto a redução dos preços dos produtos agrícolas e o aumento dos gastos nos materias do campo agravam os efeitos da crise agraria no México.
Em 1992, com a reforma constitucional do Artigo 27, de acordo com o relatório, generalizou-se a diminuição da atividade produtiva, à medida em que se reduziu a participação dos setores básicos na formação do Produto Interno Bruto (PIB), o que ocasionou um “despovoamento gradual e constante do campo”.
Fonte: Blog o povo na luta faz história