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Trabalhadores acampam em frente ao Incra por Reforma Agrária

Organizados pelo Movimento de Luta pela Terra (MLT), trabalhadores rurais de todo o Brasil acamparma, nesta segunda-feira (19) em frente ao prédio do Incra Nacional (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária),em Brasília, para reivindicar a implantação imediata da reforma agrária. Os trabalhadores solicitam do governo agilidade nos processos de assentamento das famílias acampadas.

"A efetivação de um assentamento, demora, em média, nove anos. É um absurdo, já que estudos do próprio Incra demonstram que esse tempo pode ser reduzido para no máximo cinco anos. Ou seja, as famílias aguardam uma década por um solução. Resultado: após dois anos de acampadas, estão totalmente endividadas", revelou Dayvid Santos, coordenador nacional do MLT em Sergipe.

Em 2011, segundo dados do Incra, 20,6 mil famílias foram assentadas, numa área de 2,5 milhões de hectares. Os números são contestados pelas entidades que defendem os trabalhadores do campo, que revelam que apenas 5,7 mil famílias teriam sido assentadas, em não mais que 328,2 mil hectares. Para os sindicalistas, há uma manipulação dos números.

Outra reivindicação dos trabalhadores é a manutenção dos recursos destinados à reforma agrária. "O valor que o governo repassa para o Incra é muito baixo. Precisaríamos de pelo menos R$30 bilhões para conseguirmos um resultado satisfatório. São milhares de famílias esperando para serem atendidas", alerta o dirigente rural.

No ato desta segunda-feira, a expectativa dos dirigentes do MLT “é que o governo atenda nossa demanda, que incluem questões sociais, falta de renda, saúde, moradia, educação, crédito, entre outras. Não desmontaremos o acampamento enquanto as negociações não avançarem", destacou Dayvid Santos.

Fonte: Portal CTB