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Unasul: 10 milhões para estimular a integração regional

Os chanceleres da União de Nações Sul-americanas (Unasul) aprovaram, no sábado (17), o programa de investimentos de US$ 10 milhões do orçamento destinado à região para 2012. A reunião foi realizada em Assunção, no Paraguai. Os representantes também reiteraram o apoio à Argentina na disputa pela soberania das Ilhas Malvinas travada com a Grã-Bretanha.

Para estimular a integração entre os países e estimular o desenvolvimento interno, serão investidos R$ 10 milhões na região, sendo que o Brasil irá repassar 39% do orçamento global a partir de 2013.

O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Jorge Lara Castro, que exerce a presidência pro tempore da Unasul, ressaltou que “não podemos continuar construindo muralhas entre nós, os países irmãos”.

Também foi ratificada a criação de órgãos específicos destinados à saúde e à defesa com funcionamento no Rio de Janeiro e em Buenos Aires, na Argentina. No Rio, ficará o Instituto Sul-Americano de Saúde, que será responsável por gerenciar campanhas públicas comuns na região. Em Buenos Aires, o Centro de Estudos Estratégicos de Defesa já iniciou os primeiros trabalhos, que têm entre suas prioridades o combate ao narcotráfico.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, o intercâmbio comercial entre os países que integram a Unasul quadruplicou na última década, aumentando de US$ 19 bilhões, em 2001, para US$ 76 bilhões, no ano passado. Em 2011, o Brasil exportou para a América do Sul um total de US$ 45 bilhões e importou US$ 31 bilhões.

Malvinas

Os chanceleres também reiteraram apoio a Buenos Aires, pedindo à Grã-Bretanha que negocie com a Argentina uma solução para a longa disputa sobre a soberania das Ilhas Malvinas. O pedido foi contido em uma declaração especial dos ministros no final da reunião.

Na declaração, os ministros reiteram o seu apoio para "os legítimos direitos" da Argentina "na disputa sobre a soberania" das Malvinas.

Os ministros apreciaram a boa vontade da Argentina para alcançar por meio de negociações pacíficas uma "solução definitiva para esta situação anacrônica". Como prova dessa disposição, eles destacaram o anúncio da participação da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, na próxima sessão do Comitê de Descolonização das Nações Unidas, que desde 1989 trabalha com o conflito.

Os chanceleres criticaram a presença militar britânica nas ilhas. Além disso, exigiram que o governo britânico retome as negociações com a Argentina para terminar o mais depressa possível com a disputa de soberania.

Também foi pedido ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que renove os seus esforços para facilitar uma solução para a disputa sobre as Ilhas Malvinas.

Participaram da reunião os chanceleres da Argentina, Héctor Timerman; da Bolívia, David Choquehuanca; do Brasil, Antonio Patriota; da Colômbia, María Ángela Holguín; do Chile, Alfredo Moreno; do Paraguai, Jorge Lara Castro; do Peru, Rafael Roncagliolo; da Venezuela, Nicolás Maduro; do Suriname, Winston Lackin; e da Guiana, Carolyn Rodrígue-Birkett; além dos vice-chanceleres do Uruguai, Roberto Conde; e do Equador, Kintto Lucas.

Com informações da Agência Brasil e do Ópera Mundi