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Dilma: é preciso defender a indústria e fomentar o crescimento

A presidente Dilma Rousseff reuniu-se nesta quinta-feira (22) com grande empresários da indústria e do comércio para ouvir suas demandas e discutir o aumento dos investimentos privados com vistas a estimular o crescimento da economia.

Em declaração à imprensa, a presidente deixou clara a necessidade de se ampliar o esforço no que se refere aos investimentos dos empresários para alavancar o Produto Interno Bruto (PIB).
Dilma afirmou durante a reunião com os empresários que não irá "proteger, mas vai defender a indústria brasileira", disse à imprensa Luiza Trajano, presidente da rede de varejo Magazine Luiza.

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No último dia 14, a presidente recebeu representantes das principais centrais sindicais e ouviu as demandas dos trabalhadores.

Os dirigentes apresentaram suas reivindicações e agendas de ação para 2012 e salientaram o parco diálogo do governo com o movimento sindical sobre as lutas trabalhistas. Além disso, colocaram para a presidente a preocupação com os impactos da guerra cambial na indústria nacional, com a desindustrialização em curso, que gera desemprego e precariza o trabalho.

No início deste mês, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou que o objetivo do governo é fazer a economia crescer 4,5% em 2012. Se isso for alcançado, será um resultado bem melhor que o de 2011, quando o Produto Interno Bruto (PIB) ficou em 2,7%.

Nesta quarta-feira (21), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que o índice referente à produção registrou 46,5 pontos, ante os 45 pontos de janeiro e os 50,4 pontos de fevereiro do ano passado. Foi o sexto mês consecutivo que esse índice apresentou pontuação abaixo dos 50 pontos (os valores vão de 0 a 100 e abaixo de 50 apontam queda da produção). Os números são da Sondagem Industrial de fevereiro.

Alerta para a indústria nacional

Também nesta quarta, as centrais sindicais reuniram-se com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e com o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. A oportunidade foi para discutir a proposta do governo sobre as reivindicações apresentas pelas centrais na reunião com a presidente no último dia 14.

Na oportunidade foram discutidos a luta pela isenção de Imposto de Renda (IR) sobre os ganhos relativos à Participação de Lucros e Resultados dos trabalhadores PLR, o fim do fator previdenciário, a política econômica e o processo de desindustrialização em curso.

Wagner Gomes declarou à imprensa que o ministro da Fazenda assegurou durante a reunião que a questão da indústria está sob controle. Afirmou também que o governo tem o controle da situação e que irá tomar as medidas necessárias para evitar maiores danos.

“Esperamos que o governo se dê conta, com rapidez, da realidade que estamos vivendo. Estão havendo demissões em diversos setores da indústria brasileira, especialmente por conta da política macroeconômica atual. Estamos dispostos a dialogar e colaborar com o governo para que o Brasil avance”, ressaltou Wagner Gomes.

Segundo ele, os números são claros: em 2011, o Brasil viu um crescimento de apenas 0,3% de sua indústria. Além disso, o país também viu o crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB) se limitar a apenas 2,7% no ano passado.

Em declaração à imprensa, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, nesta quinta-feira (22), que o governo continuará fazendo políticas de intervenção no câmbio e tomará medidas para reduzir os custos financeiros, manter a política de redução de juros e assim conter o processo de desindustrialização.

Segundo ele, conter a valorização do real é uma das metas, assim se garantirá a competição das mercadorias brasileiras. “Um dos maiores desafios neste momento é o câmbio, pois coloca os produtos brasileiros em condição de inferioridade no mercado. Mantega considera que o país tem mercado consumidor forte, mas vem perdendo terreno para os produtos importados com o dólar enfraquecido frente ao real.”

Sobre os juros, Mantega afirmou que o governo continuará tomando medidas que reduzam os custos financeiros, e que o juro básico do país continuará recuando. E citou a ação para forçar o recuo dos spreads bancários – diferença entre o custo de captação e a taxa efetivamente cobrada ao consumidor final.

Da Redação, com agências