Cesta básica diminui em 17 Estados; SP tem a mais cara
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que realiza a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, informou nesta segunda (9) que a cesta básica ficou mais barata em 11 de 17 capitais pesquisadas.
Publicado 09/04/2012 14:18
De acordo com o departamento, o conjunto dos 13 produtos considerados essenciais na mesa do brasileiro teve queda na média de preço, no mês de março. A redução foi influenciada, principalmente, pela carne bovina de primeira, que passou a custar menos do que em fevereiro em 11 localidades.
Na comparação com março do ano passado, o Dieese verificou que o preço da carne bovina, que tem forte peso na composição da cesta, ficou mais elevado em 15 das 17 cidades pesquisadas.
No entanto, maioria dos demais alimentos que compõem a cesta básica do brasileiro fez o movimento inverso. O feijão apresentou alta em 13 cidades na passagem do segundo para o terceiro mês do ano, sendo as mais expressivas elevações verificadas em Manaus (12,53%), Salvador (9,14%), João Pessoa (8,61%) e Belém (8,37%).
No acumulado do último ano, houve alta generalizada nos preços da leguminosa. Os maiores aumentos foram apurados em Belém (92,49%), Belo Horizonte (71,32%), João Pessoa (67,72%) e Recife (61,28%).
O Dieese explicou que para atender às necessidades básicas de uma família, o salário mínimo, em março, deveria ter sido R$ 2.295,58, o que corresponde a 3,69 vezes o mínimo em vigor (R$ 622). Em fevereiro, o valor estimado era um pouco maior, R$ 2.323,21, ou seja, 3,74 vezes o mínimo atual. O valor calculado este ano é ligeiramente superior ao de um ano atrás, quando o total estimado era R$ 2.247,94, que equivalia a 4,12 vezes o mínimo em vigor, R$ 545.
A pesquisa também apontou variações positivas de um mês para o outro no itens: o óleo de soja, que subiu em 14 capitais, o pão, que ficou mais caro em 11 cidades, e o café, com aumento em dez localidades.
O Dieese destacou que o custo médio total da cesta permaneceu o maior do país na cidade de São Paulo, onde o consumidor precisou desembolsar R$ 273,25 para a compra dos alimentos básicos. Em seguida, aparecem Porto Alegre (R$ 264,19), Belo Horizonte (R$ 260,93) e Vitória (R$ 260,23).
Apesar do aumento no mês, a cidade de Aracaju (R$ 192,41) continuou a apresentar o menor custo, seguida por Fortaleza (R$ 211,39).
Com informações da Agência Brasil