Filipinas e EUA iniciam manobras militares conjuntas

Começaram nesta segunda-feira (16), em Manila, capital das Filipinas, uma série de exercícios militares conjuntos de grande escala envolvendo as forças armadas do país asiático e dos Estados Unidos. As manobras, que se estenderão por duas semanas, terão a participação de quase sete mil soldados.

Uma cerimônia na sede de Campo Aguinaldo assistida pelo chefe das Forças Armadas filipinas, general Jessie Dellosa, e o embaixador estadunidense em Manila, Harry Tomas, antecedeu o início dos exercícios.

Dellosa indicou que a cooperação entre as duas forças armadas manifesta a “dedicação e o compromisso” de conseguir uma região “mais estável e segura” na Ásia-Pacífico.

A operação Balikatán (ombro a ombro) – desenvolvida desde 2002 –, na qual intervêm ao menos 4.500 soldados estadunidenses e 2.300 filipinos, se estenderá até 27 de abril.

Entre os exercícios figura uma simulação na qual efetivos filipinos, com apoio estadunidense, recuperam uma plataforma marítima petroleira da qual imaginariamente se apoderaram terroristas perto do mar do Leste, segundo fontes militares.

O tenente coronel da infantaria da marinha do Pentágono, Curtis Hills, declarou à imprensa que esses ensaios de combate “não estão dirigidos” contra nenhuma nação nem adversário.

Segundo Hills, a maioria das demais ações das manobras serão centradas em “missões humanitárias” e de reação frente a desastres.

Os exercícios estão dirigidos a aumentar a capacidade do exército filipino frente a um desastre natural ou crise humanitária e se desenvolverão em Luzón, Palawan, Zamboanga, Joló e Basilán, do norte ao sul do arquipélago.

No entanto, a grande participação de militares de Washington reflete, de acordo com fontes diplomáticas, as tentativas dos Estados Unidos de reafirmar sua presença frente à China na região da Ásia-Pacífico.

Em Manila, manifestantes diante da embaixada americana queimaram bandeiras dos Estados Unidos, em protesto pela presença das tropas norte-americanas e os exercícios conjuntos no arquipélago.

Fonte: Prensa Latina