Desaceleração econômica nos EUA inibe geração de empregos

Relatório divulgado, nesta quarta-feira (2), pelo Departamento de Trabalho dos EUA apontou aumento do número de desempregados no EUA. Segundo a pesquisa, o setor privado americano gerou 119 mil vagas de trabalho em abril, em termos líquidos, número abaixo da previsão de analistas, que era de 175 mil vagas.

Segundo o relatório, em março a queda foi menor, dos 209 mil, foram gerados 201 mil vagas de trabalho.

A geração de postos de trabalho caiu praticamente à metade do mês anterior, em significativa desaceleração, já que foram criadas 240 mil vagas em fevereiro. Mesmo assim, a taxa de desemprego caiu para 8,2% da população economicamente ativa, a menor taxa desde janeiro de 2009 (8,3%).

No entanto, segundo informações da Bloomberg News, a queda na taxa de desemprego se deu porque aumentou a quantidade de desempregados em idade ativa que deixaram de procurar trabalho.

Em declaração à imprensa internacional, David Carter, chefe de investimentos da Lenox Advisor, em Nova York, disse que "esse é um relatório decepcionante".

Segundo ele, "a força da recuperação econômica dos EUA é claramente incerta. Tomara que nós não tenhamos um terceiro verão consecutivo de crescimento mais fraco."

O estudo também apontou que as encomendas à indústria recuaram 1,5% em março contra fevereiro, para US$ 460,458 bilhões. O resultado de março mostra a queda mais acentuada em três anos, um sinal de que a demanda está desacelerando, devido à recuperação econômica que acontece de forma desigual.

Desvalorização

Os dados divulgados na sexta-feira (27) mostram que houve uma redução das horas trabalhadas pelos e que estes passaram a ganhar menos.

A renda média semanal caiu para US$ 806,96 em março, de US$ 807,56 em fevereiro. O tempo médio de horas trabalhadas por semana também diminuiu de 34,6 horas por semana em fevereiro para 34,5 em março. Isso explica a decisão dos diretores do Fed de manter as taxas de juros baixas até 2014.

“Falta sustentabilidade para um crescimento do emprego mais forte”, disse Tony Crescenzi, estrategista do fundo Pacific Investment Management.

Com agências