Unasul recomenda criação de ente regional contra crime organizado

Os ministros de Defesa, Justiça, Segurança, Interior e Relações Exteriores dos 12 países-membros da Unasul recomendaram, nesta sexta (4), a criação de um ente regional independente que coordene a luta contra o crime organizado na América do Sul.

Na declaração final, de três pontos e emitida ao término de sua reunião em Cartagena de Indias, os signatários optaram por sugerir a criação de um conselho 'ad hoc' "procurando evitar a duplicação de funções com outras instâncias existentes" na União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

Além disso, os 27 ministros reunidos desde quinta-feira nesta cidade colombiana sugeriram que esse ente possa, inclusive, atuar de forma coordenada ou integrada com o Conselho Sul-Americano sobre o Problema Mundial das Drogas.

O ministro da Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón, antecipou que um grupo de trabalho contará com o apoio da Secretaria Geral da Unasul, para elaborar o estatuto e o plano de ação do novo conselho. Segundo ele, o conselho tratará de assuntos "de segurança cidadã, de justiça e da coordenação de ações contra a delinquência organizada transnacional".

Segundo ele, o mais importante da cúpula foi o grande consenso em toda a América do Sul sobre a necessidade de enfrentar de forma coesa esse problema que afeta a região.

"Existe hoje um franco consenso na América do Sul sobre a necessidade de enfrentar de maneira coordenada as diferentes expressões de crime transnacional", comemorou o ministro, que desejou que esta reunião de Cartagena seja lembrada como aquela na qual a região decidiu definir sua luta coordenada contra a delinquência transnacional.

O ministro colombiano também explicou que nas próximas semanas cada país determinará que tipo de delegação terá, de acordo com sua arquitetura institucional. "Esperamos que nossos presidentes tomem a decisão de criar esse novo conselho em sua próxima reunião e assim então fique formalizada a sua existência", expressou.

Por sua vez, a secretária-geral da Unasul, a ex-chanceler colombiana María Emma Mejía, apresentará no dia 11 de junho em Bogotá aos chanceleres do organismo os estatutos antes que sejam aprovados pelos líderes dos 12 países-membros.

Com agências