Conferência da mulher em SP tem presença expressiva da militância

Cerca de 300 participantes estiveram reunidos no último sábado na Alesp para discutir a Emancipação da Mulher durante a Conferência Estadual do PCdoB sobre o tema. 25% dos presentes eram homens

Conferência Estadual do PCdoB sobre a Emancipação da Mulher - Acervo Vermelho/SP

A Conferência Estadual do PCdoB sobre a Emancipação da Mulher realizada na Assembleia Legislativa no dia 5 de maio ocorreu em clima de grande entusiasmo pela visibilidade que o movimento de mulheres tem conseguido e também de integração com a militância masculina do partido no Estado. Foram eleitos 38 delegados (27 mulheres e 11 homens) para a conferência nacional que acontecerá em Brasília de 18 a 20 de maio.

Ana Martins, secretária da mulher do PCdoB/SP, avaliou como positivo o grau de envolvimento da militância paulista na preparação da conferência. Segundo ela, 32 municípios enviaram representantes no dia da conferência, porém, no processo de mobilização estiveram envolvidos cerca de 50 municípios. “Tivemos companheiras que chegaram as 6 da manhã na assembleia vindas de lugares distantes para participar dos debates demonstrando que a mulher comunista está empenhada nesse esforço pelo empoderamento”, afirmou Ana.

Ana destacou também a presença expressiva de jovens mulheres, algumas filiadas à União Brasileira de Mulheres (UBM) e de muitas pré-candidatas a vereadoras assim como de duas pré-candidatas a prefeitas, Carminha, de Suzano, e Neusa, do município de Francisco Morato. Ana salientou ainda que a presença constante do homens nas plenárias e durante a conferência demonstra que uma parte dos companheiros começa a se interessar pelo tema.

“O interesse de um bom número de companheiros é um avanço mas ainda exige um trabalho para aumentar o número de homens que se conscientizem que a participação da mulher é essencial no processo democrático”, reafirmou Ana. Para ela a viabilização do Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento exige a atuação protagonista das mulheres. “O empoderamento começa a partir dessa tomada de consciência com o desenvolvimento do protagonismo da mulher nas diversas instâncias fazendo parte de um coletivo que tem como base o marxismo para alcançarmos o patamar de uma sociedade justa, com igualdade e sem opressão”, definiu.

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De São Paulo, Railídia Carvalho