CTB apoia metroviários e denuncia descaso tucano

Em nota, entidade aponta dedicação dos funcionários, castigados por excesso de horas extras e vitimados por doenças do trabalho

Fachada Metrô Ana Rosa - Railídia Carvalho

Em nota, divulgada nesta terça-feira, a Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) declarou apoio aos metroviários de São Paulo que iniciaram greve na madrugada da quarta-feira, dia 23 de maio. O texto da nota destaca que o metrô paulista ainda não atingiu colapso total em razão da dedicação dos trabalhadores do metrô.

O excesso de horas extras e afastamento por doenças do trabalho, situações impostas aos funcionários, são consequências da defasagem do sistema. Wagner Gomes, presidente da CTB, alerta para as péssimas condições de trabalho dos funcionários que tem sido denunciadas constantemente pelo Sindicato assim como o descaso do governo Estadual.

“Funcionários enfrentam cotidianamente péssimas condições de trabalho, agravadas pela superlotação, constantes falhas técnicas e um quadro defasado”, enumerou. A CTB reafirmou que são “mais do que justas” as reivindicações dos trabalhadores.

Os metroviários reivindicam 4,37% de correção e 14,99% de aumento real, equiparação salarial, reajuste de 23,44% para VR e VA de R$ 280,45, PR maior e igualitária, plano de saúde acessível para os aposentados, periculosidade sobre todos os vencimentos, entre outros pontos.

Quadro defasado

Dados da Federação Nacional dos Metroviários apontam que o número de usuários do metrô paulista quase duplicou em três anos. Era utilizado por cerca de dois milhões e meio de usuários enquanto atualmente são aproximadamente quatro milhões.

“A CTB condena a falta de reconhecimento da Cia do Metrô com os trabalhadores metroviários, que se empenham cotidianamente para tentar manter o alto padrão de qualidade para a população paulistana”, diz a nota e conclui “mesmo a partir de um quadro de funcionários defasado”.

Da redação com colaboração do Portal CTB


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