Danilo Forte: Mobilidade para Fortaleza

 "É imperiosa a interligação do transporte coletivo (…), diminuindo o volume de ônibus na malha central da Cidade"

 A mobilidade urbana em Fortaleza tem sido uma via crucis para seus moradores com o dispêndio de 40 minutos em trajetos que poderiam ser feito em seis. Há propostas que em curto prazo amenizariam o problema. A construção de uma via de 15 km da avenida Dioguinho à Ponte de Sabiaguaba, interligada ao Anel Viário do Eusébio, já em construção, permitirá o desvio do trânsito pesado da malha urbana de Fortaleza. Com isso, caminhões que trafegam pela Raul Barbosa, Via Expressa, Bezerra de Menezes e Leste Oeste com destino ao Pecém, ao Mucuripe ou à BR-116 usariam a nova avenida, desafogando a Aldeota e o cinturão Leste Oeste/Mucuripe.

É imperiosa a interligação do transporte coletivo (metrô, ônibus e Veículo Leve sobre Trilhos), diminuindo o volume de ônibus na malha central da Cidade. Caberá ao metrô, previsto para entrar em funcionamento no próximo semestre, o peso maior de conduzir os trabalhadores ao Centro da Cidade. Com um cartão único de acesso, a medida trará economia de tempo e de salário. É preciso agilizar o ramal leste do metrô previsto para ligar a Washington Soares a Santos Dumont e ao Centro onde se encontrará, na Praça da Estação, com o ramal oeste. É importante estendê-lo da Washington Soares até Messejana para, no futuro, fazer a ligação com a estação de Parangaba. Com isso teremos toda a Cidade atendida por um transporte de massa econômico e ágil.

A construção de um túnel sob a Praça Portugal, do Bosque Eudoro Correia até o Círculo Militar, aproveitando o declive da Desembargador Moreira, é outra solução viável e de baixo custo para reduzir o tráfego na Aldeota. A Avenida Paisagística, ligando o Parque do Cocó ao Sítio Colosso, por trás da Unifor, retira parte do trânsito da Washington Soares. A outra parte pode ser desviada com a ligação das avenidas Miguel Dias e Rogaciano Leite à José Américo, no Cambeba, retornando a Washington Soares ao projeto inicial de Via Expressa, com a construção de trincheiras substituindo os semáforos, como já está sendo feito do início da avenida até o Centro de Eventos.

É imprescindível retomar o projeto original da Via Expressa, contornando os bairros Vila União, Porangabussu e Henrique Jorge até a Avenida Perimetral. A ligação da avenida Desembargador Gonzaga, da Água Fria ao Centro, oferecerá uma alternativa de acesso ao Cambeba.

A Cidade precisa de novos corredores e terminais de ônibus, retomando o Transfor projetado pelo ex-prefeito Juraci Magalhães e paralisado na atual gestão. Com estas intervenções, racionalidade na sinalização, incluindo a redução dos pardais que alimentam a indústria de multa, e educação no trânsito Fortaleza poderá voltar a ser acessível moradores.

Danilo Forte é deputado federal pelo PMDB/CE