Servidores da UFC decidem paralisar por tempo indeterminado
Na tarde desta segunda-feira (11/06), em Assembleia Geral, os servidores técnico-administrativos da Universidade Federal do Ceará decidiram deflagrar a greve da categoria. A plenária teve início às 15h30 e foi realizada no pátio da Reitoria da UFC, reunindo mais de 300 votantes.
Publicado 11/06/2012 23:06 | Editado 04/03/2020 16:29
Nesta terça-feira (12/06), às 15 horas, os servidores da UFC farão uma panfletagem no cruzamento das avenidas Universidade e 13 de Maio, com o propósito de esclarecer à população os motivadores da paralisação. Na quarta-feira (13/06), às 9 horas, os grevistas realizarão um Ato em frente ao Hospital Universitário Walter Cantídio, em protesto à privatização e terceirização que avança no local. Já na próxima sexta-feira (14/06), a categoria faz a instalação do Comando Local de Greve, que terá a missão de conduzir o movimento paredista.
A paralisação abrange servidores públicos federais das Instituições de Ensino Superior de todo o país, sob orientação da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA). A decisão pela greve apoia-se na falta de avanço das negociações com o Governo Federal.
Desde 2007, somam-se 52 reuniões sem qualquer ato propositivo por parte da administração federal. Somente em 2012 foram realizadas 10 reuniões na mesa específica e oito reuniões na mesa de negociação dos Servidores Público Federais, sem que houvesse qualquer avanço nas negociações por parte do Governo.
As reivindicações da categoria na pauta específica são:
– Aumento no piso salarial, resolução das pendências na carreira, racionalização dos cargos;
– Reposicionamento dos aposentados;
– Mudança do anexo IV (incentivo a qualificação);
– Isonomia salarial e de benefícios entre os três poderes.
Já no eixo geral, a luta é:
– Contra a EBSERH;
-Contra a terceirização, e por concurso público;
– Por 10% do PIB para a educação;
– Implantação da jornada ininterrupta de trabalho de 30h sem redução de salário;
– Contra a MP 568/12 nos artigos que atingem a redução Salarial dos Médicos e Médicos Veterinários e da Insalubridade/Periculosidade;
– Em defesa da Negociação coletiva, Data Base e definição da política salarial;
– Ascensão Funcional (em defesa da PEC 257/95).
Fonte: SintUFC