Lula Morais defende ato contra redução de salários dos médicos‏

O deputado estadual Lula Morais (PCdoB) disse na Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (12/06), que está indignado com o que vem sendo feito com os médicos no Brasil. Ele esclareceu que a Medida Provisória (MP) 568 vai reduzir em 50% o salário da categoria, já que amplia a jornada de trabalho de 20 para 40 horas, sem alteração no salário dos mesmos.

Segundo ele, alguns médicos do Ceará, que lutam pela defesa da medicina, estão coletando assinaturas para implantação do sistema único de saúde, a fim de que se possa continuar fazendo o que o sistema de fato consolida.

O parlamentar lembrou que a grande maioria dos médicos que trabalha nos hospitais públicos é concursada. São quase 50 mil profissionais, com mais de 20 anos de profissão. “A categoria médica luta hoje para que a carreira seja de estado. Que tenha 40 horas de trabalho, mas sem ter de correr de um lado para outro para conseguir o seu sustento, e sem sofrer redução de salário”, acentuou.

De acordo com Lula, a MP vem na contramão daquilo que quer a categoria. “A MP quer reduzir o salário dos que estão na ativa, e dos aposentados também. Nosso partido não votará essa medida absurda, que agride a moral do médico brasileiro”, avisou.

O deputado lembrou que o PCdoB é pequeno, mas irá travar essa luta. “A MP afronta a todos nós. Temos que fazer um grande movimento nacional. É um momento importante. Há deputados que estão fazendo emendas supressivas. Mas é a força da sociedade e dos médicos que poderá fazer com que a medida provisória seja anulada”.

Cardiopatia Congênita

Lula Morais lembrou ainda que o dia 12 de junho é também o Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita. Segundo ele, a enfermidade acomete crianças e recém nascidos. No Ceará, de acordo com o deputado, nascem mil por ano com o problema, e 53% destes não tem atendimento por falta de condições. “Queremos destacar como é importante uma melhor atenção para salvar vidas e dar condições melhores de saúde para as crianças”.

Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa do Ceará