Lula Morais defende ato contra redução de salários dos médicos
O deputado estadual Lula Morais (PCdoB) disse na Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (12/06), que está indignado com o que vem sendo feito com os médicos no Brasil. Ele esclareceu que a Medida Provisória (MP) 568 vai reduzir em 50% o salário da categoria, já que amplia a jornada de trabalho de 20 para 40 horas, sem alteração no salário dos mesmos.
Publicado 13/06/2012 10:02 | Editado 04/03/2020 16:29
Segundo ele, alguns médicos do Ceará, que lutam pela defesa da medicina, estão coletando assinaturas para implantação do sistema único de saúde, a fim de que se possa continuar fazendo o que o sistema de fato consolida.
O parlamentar lembrou que a grande maioria dos médicos que trabalha nos hospitais públicos é concursada. São quase 50 mil profissionais, com mais de 20 anos de profissão. “A categoria médica luta hoje para que a carreira seja de estado. Que tenha 40 horas de trabalho, mas sem ter de correr de um lado para outro para conseguir o seu sustento, e sem sofrer redução de salário”, acentuou.
De acordo com Lula, a MP vem na contramão daquilo que quer a categoria. “A MP quer reduzir o salário dos que estão na ativa, e dos aposentados também. Nosso partido não votará essa medida absurda, que agride a moral do médico brasileiro”, avisou.
O deputado lembrou que o PCdoB é pequeno, mas irá travar essa luta. “A MP afronta a todos nós. Temos que fazer um grande movimento nacional. É um momento importante. Há deputados que estão fazendo emendas supressivas. Mas é a força da sociedade e dos médicos que poderá fazer com que a medida provisória seja anulada”.
Cardiopatia Congênita
Lula Morais lembrou ainda que o dia 12 de junho é também o Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita. Segundo ele, a enfermidade acomete crianças e recém nascidos. No Ceará, de acordo com o deputado, nascem mil por ano com o problema, e 53% destes não tem atendimento por falta de condições. “Queremos destacar como é importante uma melhor atenção para salvar vidas e dar condições melhores de saúde para as crianças”.
Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa do Ceará