Pesquisa: Diferença a favor de Chávez aumenta para 21 pontos

A última pesquisa de opinião realizada pela empresa Hinterlaces na Venezuela revelou que aumentou em 21 pontos percentuais a diferença a favor do presidente do país, Hugo Chávez Frías, em relação ao candidato da oposição, de direita, Henrique Capriles Radonski.

De acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (28), 52% das pessoas entrevistadas revelaram que votarão em Chávez, enquanto apenas 31% disseram que escolherão Capriles na eleição presidencial.

Os detalhes da pesquisa foram divulgados durante uma coletiva de imprensa realizada pelo diretor da empresa, Oscar Schemel, em Caracas.

Schemel destacou que a diferença na intenção de voto se manteve em uma plataforma estável para Chávez e destacou que Capriles não conseguiu aumentar o apoio eleitoral, mesmo após as primárias realizadas pela oposição.

Discurso vazio

A impossibilidade de Capriles para reverter os números se deve à ausência concreta de uma mensagem "que lhe restou a possibilidade de posicionar-se e converter-se em uma verdadeira alternativa", explicou o diretor da empresa.

Schemel indicou também que o discurso do candidato da direita é "simples", carece de conteúdo e componentes afetivos, diferentemente da mensagem do presidente venezuelano, que consegue conectar-se com o povo porque transmite ideais como "igualdade, justiça, inclusão e respeito para os que estavam excluídos da sociedade antes de 1998".

Segundo o instituto, a pesquisa foi feita com base em 1500 entrevistas, realizadas por todo o país, entre 16 e 24 de junho.

Para alguns, como a ministra da Juventude, María do Pilar Hernández, o processo de campanha para a reeleição do presidente Hugo Chávez, que se iniciará no próximo domingo, "contribuirá para consolidar a independência da Venezuela".

De acordo com a também integrante da comissão de propaganda do comando Batalha de Carabobo, a equipe está "aquecendo os motores para iniciar a campanha como lhe corresponde" no coração desta nação sul-americana.

Em entrevista à emissora de televisão Venezuelana, María recordou que a campanha começará nos estados de Aragua e Carabobo, por conta do significado especial desse último território do centro do país.

Na sua opinião, a nação precisa desse processo diante das eleições do próximo dia 7 de outubro para consolidar a independência, da mesma forma que a Batalha de Carabobo fez abrir as portas a Simón Bolívar em 1821.

Diretrizes

Durante um discurso de três horas pronunciado para a multidão que se reuniu na Praça Diego Ibarra, em Caracas, minutos depois de formalizar o registro de sua candidatura para as eleições de 7 de outubro próximo, em 11 de junho passado, Chávez enfatizou que a independência da nação é "o bem mais apreciado da Revolução".

"Defender, expandir e consolidar o mais apreciado bem que temos conquistado neste começo do século 21. Este bem mais apreciado não é outra coisa que a independência nacional e a pátria", expressou.

A esse respeito, Chávez foi enfático ao orientar que tanto a independância da pátria como a consolidação do socialismo do século 21 são aspectos fundamentais para o fortalecimento do Poder Popular que devem ter continuidade, como parte das conquistas do povo através da Revolução.

Direita vende-pátria

O mandatário criticou a falta de propostas por parte da direita e assinalou que este setor desconhece a realidade atual da Venezuela, “um discurso incolor, insípido, que não tem sabor de nada”, acrescentou referindo-se à candidatura presidencial da direita, representada por Henrique Capriles Radonski. "Eles são os vende-pátrias, são o colonialismo que nunca mais voltará a esta terra bolivariana".

Nesse contexto, Chávez reiterou que o processo revolucionário é a garantia para a continuidade da independência, a dignidade dos venezuelanos e a pátria.

Plano Socialista da Nação

O Segundo Plano Socialista da Nação se compõe de outros quatro níveis fundamentais para o resgate da dignidade da pátria que, por sua vez estão constituídos de objetivos nacionais, estratégicos, gerais e específicos que serão discutidos com o povo soberano.

O chefe de Estado, em um amplo detalhamento de seus objetivos históricos, destacou que continuar na consolidação do socialismo do século 21 é a meta do segundo objetivo histórico, em que é fundamental e indispensável o Poder Popular.

Em uma clara exposição do programa de governo para o período de 2013 a 2019, Chávez propôs, como terceiro objetivo histórico, converter a Venezuela em uma potência mundial; a conformação de um mundo multipolar como quarto objetivo e seguir contribuindo de maneira firme para a salvação da vida do planeta e a sobrevivência da espécie humana como quinto objetivo.

Sobre este último objetivo, definido como o âmbito ecológico, Chávez insistiu que mais além do simples aspecto ecológico, este quinto objetivo histórico é tanto político como ético, em defesa “desta terra que está sendo desumanizada pelo sistema destrutivo do capitalismo" que está evidenciado no projeto unipolar do imperialismo.

Do Portal Vermelho, com agências